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Anvisa anuncia 2 casos de variante ômicron no Brasil

A entrada do passageiro no Brasil ocorreu antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à OMS (Organização Mundial da Saúde) pela África do Sul no dia 25, quinta passada.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou na tarde desta terça-feira (30) que a variante ômicron foi identificada no Brasil.

A agência reguladora federal afirmou que as amostras coletadas de dois brasileiros que preliminarmente receberam resultado positivo para a nova cepa da Covid passará por uma nova análise laboratorial.
O procedimento será adotado para confirmar o diagnóstico para a variante ômicron do novo coronavírus. Os primeiros resultados foram notificados pelo laboratório Albert Einstein, em São Paulo.

De acordo com os protocolos nacionais, o material foi então enviado ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, para fins de confirmação do sequenciamento genético do vírus.

Os exames são de um homem brasileiro, de 41 anos, que vive na África do Sul -país onde a ômicron foi identificada pela primeira vez- e de sua mulher, de 37 anos.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista, o casal está em acompanhamento domiciliar. Eles estão em visita ao Brasil.

Segundo informações da Anvisa, o passageiro desembarcou em Guarulhos no dia 23 de novembro, vindo da África do Sul, com teste RT-PCR negativo.

Para se preparar para a viagem de volta, no entanto, ele procurou uma unidade do laboratório do hospital Albert Einstein, localizado no terminal, no dia 25 de novembro, na companhia da mulher.

Nos testes daquele dia, ambos receberam diagnóstico positivo para a Covid-19. O resultado então foi notificado ao Cievs-SP (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de São Paulo), um órgão estadual.

Diante dos resultados positivos, o Albert Einstein adotou a iniciativa de realizar o sequenciamento genético das amostras.

O laboratório notificou a Anvisa nesta segunda-feira (29) sobre os resultados positivos dos testes. No mesmo dia foi dado início dos procedimentos para sequenciamento genético.

Nesta terça, o Albert Einstein então informou à agência federal que, nas análises prévias, foi constatada a variante ômicron.

A Anvisa enviou nesta terça ofício ao Ministério da Saúde e às secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo sobre o resultado para adoção de medidas sanitárias.

“Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede Cievs, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar os casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19”, disse a Anvisa, em nota.

“O casal cumpre o isolamento social recomendado pela Vigilância em Saúde e não apresenta sintomas da doença”, disse a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, em nota. Funcionários do órgão foram à residência onde está o casal nesta terça.

De acordo com a nota, o órgão “apura os possíveis contatos de ambos para que seja possível fazer imediatamente o rastreamento e o monitoramento de todos, além de comprovar a situação vacinal da família”.

A entrada do passageiro no Brasil ocorreu antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à OMS (Organização Mundial da Saúde) pela África do Sul no dia 25, quinta passada.

A entrada também foi anterior à edição da portaria interministerial do governo federal, no sábado (27), que proíbe a entrada no Brasil de quem esteve, nos últimos 14 dias, em seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.​

Ainda nesta terça, o governo Jair Bolsonaro adiou decisão sobre ampliar a lista de países sob restrição por causa da variante ômicron. A Anvisa pediu restrições também a Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

Em reunião na Casa Civil, no Palácio do Planalto, representantes do governo pediram mais dados à Anvisa para decidir se atenderão o pleito do órgão regulador.

Também não houve avanço no debate sobre cobrança de certificado de vacinação de quem chega ao Brasil. A Anvisa pede desde o dia 12 a aprovação do passaporte vacinal. Não há nova reunião agendada para tratar dos temas.

Enquanto isso, além desses dois registros de São Paulo, ainda estão em análise no Brasil ao menos outros dois casos de viajantes com passagem pela África do Sul nos últimos dias.

A Secretaria da Saúde do Distrito Federal monitora um homem que testou positivo para a Covid-19.

O homem, na faixa etária de 40 a 49 anos, já recebeu três doses de vacina contra Covid. Ele permanece assintomático e está em isolamento domiciliar desde a chegada à capital federal.

Segundo a pasta, ele desembarcou em Guarulhos no dia 27 de novembro, com posterior voo para Brasília.

O voo que ele pegou na África do Sul foi o mesmo em que estava outro caso confirmado de Covid-19 identificado em São Paulo e encaminhado para sequenciamento genético da amostra.

Trata-se também de um homem com esquema vacinal completo. Ele estaria assintomático, segundo relatos, fazendo isolamento em casa, em Guarulhos.

“O passageiro com origem da Etiópia não apresentava sintomas e, por ter visitado a África do Sul, buscou a testagem no aeroporto de Guarulhos. Ele reside na cidade homônima, onde segue em isolamento desde o desembarque e é monitorado pela vigilância do município”, afirmou o governo de São Paulo, em nota.

Notícias ao Minuto.

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