Entre os pedidos, está o de que a prefeitura crie barreiras sanitárias e avalie a implantação de um toque de recolher
O Ministério Público pediu nesta terça-feira (2) que a prefeitura de Gurupi, terceira maior cidade do Tocantins, endureça as restrições de circulação e medidas de combate ao coronavírus por causa da situação dos hospitais na cidade.
O documento afirma que o sistema de saúde de Gurupi está colapsando e que todos os leitos de UTI locais estão ocupados.
O pedido, assinado pelo promotor Marcelo Lima Nunes, requer que a cidade tome medidas para suspender reuniões e eventos públicos, crie barreiras sanitárias nas entradas do município e avalie decretar toque de recolher em determinados períodos do dia.
A prefeitura de Gurupi informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre esta nova recomendação do Ministério Público Estadual, mas reforçou que já vem adotando várias medidas restritivas, educativas e fiscalizadoras em relação ao combate à Covid-19.
O MP solicitou ainda que a prefeitura amplie a quantidade de leitos clínicos para cuidar de pacientes com a Covid-19 na Unidade de Pronto Atendimento dedicada a casos da doença no município.
O promotor determinou ainda que o governador do estado e o comando da Polícia Militar sejam avisados sobre a gravidade da situação.
A recomendação tem uma prazo de 48 horas para ser cumprida e que se o pedido não for atendido sem a apresentação de uma justificativa o caso será denunciado à Justiça como crime de responsabilidade e improbidade administrativa.
Para embasar o pedido, o promotor citou os números mais recentes da doença na cidade, que indicam que além do Hospital Regional de Gurupi, referência para todo o sul do Tocantins, as unidades complementares particulares também estão lotadas.
Ele lembrou ainda que o Governo do Tocantins anunciou a implantação de 20 novos leitos de UTI na cidade, mas não deu nenhuma data para que isso aconteça.
G1 Tocantins.