Sentir uma vontade incontrolável de comer um doce, chocolate, queijo ou carne pode significar que o seu organismo necessita de alguns nutrientes. Descubra quais neste artigo.
A vontade constante em ingerir determinado alimento pode indicar um certo tipo de carência nutricional. Este tipo de sinal dado pelo cérebro é, aliás, bastante comum entre pessoas que não possuem uma alimentação equilibrada.
Embora ainda não existam estudos que comprovem com veemência a relação entre o desejo e carência de nutrientes, sabe-se que o cérebro costuma sinalizar quais os componentes em falta.
Além disso, todos os alimentos estão associados a uma relação afetiva, podendo “carregar” sensações que nos lembram a infância ou outros momentos que promovem a nossa sensação de bem-estar.
Quem é muito stressado ou ansioso, por exemplo, costuma sentir vontade de comer alimentos salgados.
De acordo com os especialistas, esta necessidade surge da incapacidade do nosso organismo produzir tanto cortisol quanto aquele que é libertado num momento de stress. Com a exigência a que estamos sujeitos, nos dias de hoje, é frequente haver uma sobrecarga do nosso organismo.
O forte desejo de comer chocolate, por outro lado, pode indicar carência em magnésio – um mineral vital para a pele e cabelo.
Sabe-se, por exemplo, que os níveis de magnésio descem durante a segunda metade do ciclo menstrual, o que sugere uma possível ligação com muitos dos sintomas da Tensão Pré-Menstrual (TPM).
De acordo com Nicola Lowe, professor de Ciências Nutricionais da University of Central Lancashire, beber muito café, chá, refrigerantes ou álcool pode ser responsável por esta quebra de magnésio no organismo.
Caso não consiga resistir ao chocolate escolha um que contenha 75 por cento de cacau, mais rico em magnésio e mais pobre em açúcar.
Nozes, vegetais verdes, sementes da abóbora, pão ou arroz integrais são boas opções para repor os valores deste mineral.
A carne vermelha poder sugerir falta de proteína, vitamina B12, ferro e zinco. A carência destes nutrientes pode levar a uma anemia.
Marisco, lentilhas, pão integral, espinafre, queijo e sementes de abóbora são ricos nestes nutrientes.
A vontade de consumir café está relacionada com a diminuição dos níveis de potássio. Esta carência gera fraqueza e hipoglicemia. Tonturas e desmaios podem ser a consequência desta condição.
Os especialistas explicam que, nestes casos, os níveis de dopamina diminuem e a cafeína ajuda estimular o sistema nervoso central.
A falta de crómio – um mineral que age com a insulina para facilitar a absorção de glicose do sangue – é responsável pelo desejo de comer doces.
Vários estudos demonstram a capacidade deste mineral em equilibrar os níveis de açúcar no sangue em doentes diabéticos.
De acordo com o especialista, Nicola Lowe, optar por doces quando se tem níveis baixos de açúcar acabar por agravar o problema, uma vez que, faz com que o organismo produza insulina e com que exista uma queda mais acentuada de açúcar, como consequência.
Neste caso deve optar por consumir carnes ricas em crómio como fígado, rim e frango. Cenoura, brócolos, espargos ou batata são, ainda, excelentes fontes deste mineral.
A necessidade de comer queijo significa carência de cálcio. Este nutriente, para além de ajudar a formar e manter dentes e ossos saudáveis, tem ainda um papel essencial para o sistema nervoso central e muscular.
Leite, iogurte, sardinha em lata, salmão, amêndoas e brócolos são boas fontes de cálcio.