Medida partiu do Ministério da Agricultura e Pecuária para o Tocantins, Distrito Federal e mais cinco estados. Lojas poderão pedir autorização para comercializar produtos a produtores de outros estados
A vacina contra a febre aftosa está proibida de ser armazenada, vendida e usada por produtores do Tocantins.
A medida partiu do Ministério da Agricultura e Pecuária e atinge, além do Tocantins, o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Esses estados e o DF, inclusos na zona livre de aftosa sem vacinação, fazem parte do bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa.
A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) esclareceu que, conforme o documento, no Tocantins a venda da vacina para produtores rurais está proibida.
No entanto, a comercialização pode ser autorizada pela instituição para que as lojas agropecuárias forneçam o produto outros estados onde houver a vacinação regular de bovinos e bubalinos.
“Faremos um trabalho de conscientização para garantir o cumprimento das exigências. Com a suspensão da vacinação, produtores rurais, empresários e a sociedade em geral devem estar atentos aos procedimentos que surgirão a cada etapa desse avanço”, disse o responsável técnico pelo Programa Estadual de Vigilância em Febre Aftosa, João Eduardo Pires.
Para obter mais informações, os produtores rurais e empresários poderão entrar em contato pelo número de telefone (63) 3218-2168 e/ou pelo 0800 063 11 22.
Zona livre
Com a suspensão da vacinação nos estados participantes do Bloco IV, o governo federal estima que aproximadamente 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país.
Para que um estado seja reconhecido como “zona livre de febre aftosa sem vacinação”, as organizações de saúde nacionais e internacionais exigem a suspensão da imunização contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por pelo menos um ano.
O Brasil tem como meta o ano de 2026 para que o país se torne livre de febre aftosa sem vacinação. Até então, no país, apenas Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e algumas regiões do Amazonas e Mato Grosso possuem a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
g1 Tocantins.