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Uso abusivo de álcool, ansiedade e depressão: efeitos colaterais da pandemia no Brasil

As internações por dependência química cresceram 54% de março a junho em 2020.

Com o medo e a insegurança promovidos de forma generalizada durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o uso de álcool e outras drogas se tornou ainda mais comum. Dados do Ministério da Saúde mostram que houve um aumento expressivo de internações de dependentes químicos no Sistema Único de Saúde (SUS) durante a ascensão da enfermidade no país.

Um levantamento do SUS aponta que as internações cresceram 54% de março a junho em 2020, em relação ao mesmo período de 2019. A dependência química, associada aos quadros de ansiedade e depressão, que também evoluíram com a pandemia, provocam uma ameaça à saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a recomendar no ano passado que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas. Em Palmas, essa restrição durou pouco tempo e, por medida judicial, a população teve livre acesso ao consumo de álcool na pandemia.

Já a venda de outras drogas é um campo ainda mais desconhecido, tendo em vista a ilicitude da maioria dos alucinógenos e o tráfico instaurado país afora. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) revelam que houve um aumento de 21,2% no atendimento de ocorrências ligadas ao tráfico de drogas. Em 2020 foram 394 atendimentos, no ano anterior foram 325.

Tratamento em Palmas

Os dados são preocupantes, porém, atualmente existem diversos serviços que objetivam o tratamento de alcoolismo e a dependência química. Para além dos serviços oferecidos no SUS, a Capital conta hoje com a Clínica de Tratamento Luz que oferece a recuperação para dependentes químicos e etilistas por meio de tratamento humanizado.

Segundo José Américo Júnior, diretor administrativo da unidade, o espaço é voltado para o público masculino e tem capacidade para atender 70 pessoas.

“O tratamento, que pode durar nove meses, é multidisciplinar e os assistidos contam com serviços de psiquiatria, psicologia, enfermagem e terapia ocupacional. O espaço também oferece apoio espiritual, por meio de igrejas evangélicas e católicas que dão suporte à unidade de saúde”, disse.

A internação no espaço ocorre de três formas: internação involuntária, compulsória e voluntária. O tratamento é feito de forma singular. As alternativas terapêuticas são definidas a partir da avaliação de cada caso e visam oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes atendidos.

Para mais informações, interessados devem entrar em contato com o espaço por meio dos telefones da Clínica de Reabilitação Luz (63) 99111-1444 ou (63) 998444-1300. Ou ainda pelo site queromerecuperar.com

AF Notícias.

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