Levantamento é da Defensoria Pública e leva em consideração apenas os casos que já estavam na Justiça quando as crianças morreram. Mãe que aguarda transferência fala sobre a angústia da espera.
Pelo menos oito bebês já morreram no Tocantins a espera de cirurgias cardíacas em 2018. Este tipo de procedimento não é feito no estado e sempre que alguma criança precisa do serviço o governo tem que procurar vagas em outros hospitais e fazer a transferência. O problema é que o processo costuma ser demorado e em muitos casos os pequenos não resistem a espera.
Existe uma decisão judicial que determinou que as transferência fossem imediatas, mas segundo a Defensoria Pública ela não está sendo cumprida pela Secretaria de Saúde. Uma das mães, que aguarda pela transferência a mais de 15 dias, falou sobre a angústia da espera.
“Quando eu vejo eles vindo na hora do boletim, quatro horas da tarde, antes deles chegar [SIC] eu já estou chorando. Porque todo dia eles me falam isso: que o coração dela está fraco, que ela pode via a óbito a qualquer momento”.
Alzira da Conceição é a mãe da Isadora, a pequena foi diagnosticada com um problema cardíaco logo que nasceu, há menos de um mês. Ela está internada na UTI da Maternidade Dona Regina, em Palmas.
O levantamento que mostrou que já são oito bebês mortos leva em consideração apenas casos que já estavam na Justiça quando a morte aconteceu. Na semana passada o Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, esteve em Palmas e falou sobre o problema, mas não deu prazo para resolver a situação.