Das 219 vagas que o Sine ofereceu para pessoas no ano passado, só 76 foram preenchidas. Segundo os empregadores, falta capacitação dos candidatos.
Há um ano a auxiliar de serviços gerais Leidilene Cardoso conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada para uma vaga específica para pessoas com deficiência.
Aos 18 anos ela perdeu o olho direito e precisou colocar uma prótese, mas isso não tirou a vontade de crescer.
“Estou estudando segurança do trabalho. Quero concluir e conseguir um emprego melhor, é o mais importante”, afirma.
Contratar pessoas com deficiência é obrigação das empresas com mais de 100 funcionários. O Sine pode intermediar a negociação entre quem busca um emprego e o mercado de trabalho. Mas apesar de poder ajudar, também encontra dificuldades nesse percurso.
No ano passado, foram preenchidas só três em cada dez vagas oferecidas exclusivanente para pessoas com deficiência na empresa que Leidilene tarabalha. Entre os obstáculos para mudar esse cenário, está o medo de tentar.
“Alguns profissionais que têm a deficiência, não se sentem à vontade para procurar uma oportunidade. Às vezes possuem autoestima baixa e isso dificulta a colocação, mas é sempre bom destacar que o mercado de trabalho está aberto para esse profissional”, afirma a gerente qualificação e capacitação profissional do Sine no Tocantins, Cleudiana Sousa.
A gerente do departamento pessoal de uma grande empresa de Palmas, Ivone Azevedo diz que muita vezes falta capacitação e dá a dicas sobre quais cursos são mais exigidos no mercado. “Faça cursos básicos de capacitação na área adminsitrativa, informática, como lidar com pessoas, trabalhar em equipe. Tudo isso ajuda.”
Aos 54 anos, a auxiliar de serviços gerais Jandevan Pereira sempre trabalhou e nunca deixou o prroblema na mão atrapalhar. “Já estou na empresa há seis anos fazendo meu serviço direitinho. Por isso estou trabalhando e não pela minha deficiência. É pela minha capacidade, meu caráter.”
G1 Tocantins