Dos estados, o Tocantins é o 3º com maior déficit.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) encomendou pesquisa para levantar o déficit habitacional do Norte do País. O estudo realizado pela Ecconit Consultoria Econômica constatou uma carência de 844.342 moradias na região, sendo que 98,3% estão concentrados na parcela da população com renda familiar de até 5 salários mínimos (851.568 mil residências). Dos estados, o Tocantins é o 3º com maior déficit.
Tocantins
Conforme o Estudo, o déficit do Tocantins é de 42.087 moradias. 50% impacta famílias que recebem até 1 salário mínimo; 46,5% as que perfazem entre 1 e 3 salários mínimos; e apenas 3,5% refere aos núcleos familiares que ganham de 3 a 5 salários mínimos [confira abaixo a tabela].
Déficit poderia ser pior
O presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, observa que o déficit seria maior caso o país não tivesse programas de habitação para atender a população de baixa renda. “É preciso reforçar e ampliar essas políticas para zerar o déficit habitacional brasileiro, bem como focar na redução dos juros do financiamento imobiliário para permitir que os mais pobres realizem o sonho da casa própria”, afirma.
Demanda futura
O estudo faz uma projeção sobre a formação de novas famílias – incluindo “famílias unitárias”, representada pela crescente parcela de brasileiros vivendo sozinhos. Entre 2020 e 2030, calcula-se que 11,4 milhões de famílias surgirão. Se cada uma delas demandar um imóvel está será a demanda por moradias em todo o País. Familiar com renda de até 5 salários mínimos deve responder por 81% das que precisarão de uma nova residência até 2030. O Norte deve demandar 13% das moradias necessárias para atender novas famílias brasileiras, totalizando 1,479 milhão de unidades na próxima década.
CT.