Últimas Notícias

Tocantins é região hiperendêmica para hanseníase; veja como identificar e tratar

Doença está presente em todos os bairros de Palmas, afirma especialista. Somente neste ano, 572 novos casos foram registrados em todo o estado.

Foram registrados 572 casos de hanseníase no Tocantins somente em 2018. O estado está em uma região considerada hiperendêmica. Atualmente, 878 pessoas estão tratando a doença.

Casos de hanseníase nos últimos anos:

  • 2016: 654
  • 2017: 529
  • 2018: 572

A hansenóloga Seyna Ueno, da Secretaria de Saúde de Palmas, explica que o estado tem uma quantidade de casos acima do esperado e isso exigem mais atenção e formação das equipes de saúde, médicos e da própria população para os sintomas da doença.

“A principal estratégia para eliminar a hanseníase como problema de saúde pública é fazer a quebra da cadeia de transmissão”, comentou.

A hanseníase não é apenas uma doença de pele, como muitas pessoas imaginam também pode afetar os nervos. Diagnosticar novos casos e tratar e fundamental para conter o avanço.

Alguns sintomas:

  • Dores locais: nas articulações ou nos olhos
  • Na pele: bolhas, erupções, nódulos, pequena saliência, perda de cor, vermelhidão ou úlceras
  • Sensorial: formigamento, perda de sensibilidade ou da sensação de temperatura
  • Outros sintomas: Deformidade física, irritação nos olhos, lesões nos nervos, perda de peso ou dificuldade em levantar o pé

Em Palmas, segundo a especialista, a situação é grave em todos os bairros. “É uma doença transmitida pelo ar, dentro de casa, na família. As vezes não tem nenhuma mancha, mas pode ter hanseníase do tipo neural”, explica a especialista.

Tratamento

Em qualquer posto de saúde de Palmas é possível fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento. “O paciente chega no centro de saúde, procura a recepção, a sala de triagem e passa pelo atendimento do enfermeiro e do médico, onde é realizada a avaliação neurológica e confirmado o diagnóstico ou descartado”, explicou a coordenadora do grupo Condutor de Hanseníase Maria Amélia Souza.

A partir do diagnóstico o paciente inicia o tratamento na própria unidade básica de saúde. “Inicia o tratamento no mesmo dia. Pode ser de seis doses ou 12 doses. O paciente trata todos os meses, a cartela tem 28 comprimidos e pega essa medicação uma vez no dia. É acompanhado totalmente pela atenção básica”, explicou.

O acompanhamento e avaliação também são feitos com toda a família do paciente para evitar a transmissão da doença.

Últimas Notícias

Não deixe de ler

RECEBA NOSSAS NEWSLETTERS

Quer ficar informado em primeira mão? Se cadastre na nossa Newsletter e receba o Mapa da Notícia no seu e-mail.