PF diz que foi observado esquema de fraude na seleção de empresas para prestar serviços ao órgão. Operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão e seis de intimação.
O superintendente do Incra no Tocantins e ex-deputado estadual, Carlos Alberto da Costa, conhecido como Carlão da Saneatins, foi afastado do cargo provisoriamente, durante a operação Nudae da Polícia Federal, realizada nesta sexta-feira (31). Os policiais investigam um esquema de fraudes e desvios de recursos públicos.
O superintendente também está proibido de entrar no instituto e nas entidades de assistência técnica no Estado. Durante a operação, os policiais cumprem oito mandados de busca e apreensão e seis de intimação nos municípios de Palmas, Araguaína e Augustinópolis.
Segundo a PF, a investigação teve início após o inquérito policial instaurado em abril de 2016, quando foi observado um esquema de fraude na seleção de empresas contratadas para prestar assistência técnica e extensão rural (ATER) por meio de uma chamada pública – quando há a publicação de um edital para contratar obras e serviços públicos.
O pedido de afastamento do superintendente foi feito pelo Ministério Público Federal após a investigação da PF. A suspeita é que haja um suposto esquema envolvendo o superintendente regional, fiscais de contratos e representantes das empresas contratadas. Segundo o MPE, a finalidade era realizar pagamentos por serviços de assistência técnica que não haviam sido efetivamente executados.
Os investigados podem responder pelo crime de fraude à licitação. O nome da operação faz alusão ao termo “desassistidos” em latim.