Ela conta que não consegue trabalhar porque o idoso precisa de ajuda em tempo integral e recebe auxílio de R$ 250 dos filhos dele.
Aos 81 anos o idoso Geraldo dias de Araújo já tem dificuldades para andar, ir ao banheiro, tomar banho e comer sozinho. A sobrinha Leidymar dias Rocha, de 45 anos, cuida dele na casa da mãe, em Porangatu, no norte de Goiás, há quase um ano, desde que ele teve um enfisema pulmonar e precisa de tanques de oxigênio para respirar tranquilamente.
A sobrinha conta que não pode trabalhar fora porque os cuidados com ele exigem dedicação em tempo integral. Leidymar conta que o oxigênio é fornecido gratuitamente pela Prefeitura de Porangatu, ela recebe, dos seis filhos do idoso, R$ 250 por mês para os cuidados e o tio tem uma aposentadoria de um salário mínimo, para alimentação, gastos com remédios, fraldas geriátricas, entre outras necessidades.
Leidymar disse que tem passado por dificuldades porque não consegue pagar todas as contas da casa com o que recebe. Segundo ela, a pensão que ela recebe pela morte do marido, há dois anos, é toda direcionada para os estudos e cuidados com o filho e sobra pouco para alimentação e outras despesas.
“Eu tenho aposentadoria que meu esposo me deixou, mas vai quase tudo com o meu filho, que tem 13 anos. Eu estou fazendo faxina na casa de uma amiga que está grávida uma vez na semana e recebo R$ 50. É um tempinho que minha mãe fica olhando meu tio para mim, mas só com o que temos é bem difícil”, contou.
“Como que se vive com R$ 250? Eu não tenho condição de sustentar meu tio. Eu tenho que trabalhar fora”, desabafou.
Segundo ela, o idoso precisa de ajuda para todas as funções básicas, desde comer até tomar banho. Ele gasta cerca de um pacote de fraldas geriátricas por dia. “Tirando a falta de ar ele está bem, não sente dor, mas não move só, não toma banho só. Intestino dele está lento, não funciona direito mais. A médica disse que é normal por ser de idade, mas precisa de ajuda para tudo”, detalhou.