Família da dupla sertaneja, conhecida como “As coleguinhas”, não conseguiu realizar o sepultamento por falta de dinheiro, em 1993
A dupla sertaneja Simone e Simaria relatou, emocionada, a busca pelo corpo do pai, que foi enterrado como indigente, em Mato Grosso. O drama familiar foi revelado em entrevista à rádio FM O Dia, na última quarta-feira (2/11), quando as cantoras recordaram a infância no garimpo de diamante, o barraco de tábua onde moravam e a relação de carinho com a mãe.
“Ele tinha 44 anos e foi tomar banho. Minha mãe chamou. Meu pai era assim, quando minha mãe chamava, ele respondia logo. E a gente era louca nele. Ele era incrível. Ele não respondeu. A casa era de madeira, quando olhei pelas frestas, vi ele deitado no chão, lembro até hoje, com a água caindo nos pés”, contou Simaria.
Simone, então, continuou a história: “Como minha mãe não teve estudo e a gente era muito criança, os amigos fizeram o enterro.” Segundo as meninas, a família não acompanhou e, hoje, não se sabe onde o corpo do pai foi enterrado. “Hoje a gente briga na Justiça pra conseguir achar o corpo pra fazer tudo direitinho, agora que a gente pode”, explicou.
Além do drama familiar, “As coleguinhas”, como são conhecidas, relembraram o início da carreira e falaram sobre a importância de manter a essência apesar da fama: “A família é o que mais importa”.(fonte:correio braziliense)