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Secretaria da Educação abre 8ª Semana Nacional da Educação Financeira nesta segunda-feira, 8

A Seduc realizou um seminário de abertura com a participação de quase 200 educadores. A programação, que teve início nesta segunda-feira, vai até o dia 12.

A Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes promoveu nesta segunda-feira, 8, o seminário de abertura da 8ª Semana Nacional de Educação Financeira, que contou com a participação de Adriana Toledo, servidora do Ministério da Economia; Alessandra Godoi, articuladora técnico-pedagógica da Superintendência de Educação Integral de Goiás; e Rafaela Tavares Santos, pesquisadora da Universidade de Coimbra, Portugal. Da Seduc, participaram a superintendente de Educação Básica, Markes Cristiana de Oliveira, que fez a abertura do seminário, e Maurício Clementino Carneiro, responsável pelo programa no Tocantins.

Para a professora Markes, trabalhar a educação financeira nas escolas é muito importante para ajudar a desenvolver uma nova consciência em relação às finanças. “Somos um país que apresenta facilidades para comprar no crédito e, com isso, muitas famílias ficaram endividadas e sem condições de manter um equilíbrio financeiro, situação que foi agravada com a pandemia da Covid-19. E compartilhar com os estudantes os conteúdos da educação financeira vai ajudá-los a fazer melhores escolhas e desenvolver um consumo consciente”, explicou a professora Markes.

Adriana Toledo abordou a atual situação de endividamento do país, no qual, cerca de 74% das famílias estão em situação de endividamento, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). “Com a pandemia, a situação apresentou piora, por causa das facilidades de consumo ofertadas pelas plataformas digitais, e temos o cartão de crédito como vilão, pela facilidade de compras. Por meio das atividades da educação financeira, temos a finalidade de ajudar as famílias a aprenderem a desenvolver um consumo consciente, para que estas saiam da crise”, esclareceu Adriana.

Rafaela Santos abordou que a educação financeira traz a qualidade de vida para as próximas gerações. “Nesse período de pandemia, percebemos a dificuldade de as pessoas em constituir uma reserva financeira de emergência, devido a fatores como endividamento, desemprego e as facilidades de consumo. A educação financeira representa um investimento com retorno certo”, comentou.

Rafaela apresentou algumas dicas para que as famílias possam ter um equilíbrio financeiro. A primeira é controlar o orçamento, colocar as dívidas na ponta do lápis e não deixar se levar pela influência externa e pelos apelos de consumo. “É muito importante as pessoas terem a clareza de que o cartão de crédito não é dinheiro extra, não é acréscimo ao salário, é despesa”, alertou.

Um aspecto positivo que Rafaela apresentou foi que, na pandemia, houve um acréscimo da procura pelo tema educação financeira, conforme divulgou a Anbima.

Alessandra Camargo, que participou da implantação do programa Educação Financeira nas escolas do Tocantins, falou da experiência que lhe permite trabalhar o tema nas escolas de Goiás. “Observamos a trajetória desses alunos que participam do programa desde o início, que eles possam levar o que aprenderam para os seus lares. Um conhecimento que ajuda a transformar a realidade financeira das famílias”, enfatizou Alessandra.

Para Alessandra, a educação financeira é um elo que ajuda os estudantes a planejarem o futuro com foco e metas. Ela também abordou os kits de alimentação distribuídos pelo Governo do Estado, para os estudantes, e que estes ajudaram na renda das famílias.

O professor Edinar Oliveira, da Escola Estadual Castro Alves, de Santa Fé do Araguaia, falou sobre o assunto. “É um tema desafiador, pois as pessoas compram quase tudo que aparece como promoção, não refletem se podem adquirir ou se precisa do produto”, comentou.

Semana da Educação Financeira

A Semana Nacional da Educação Financeira prossegue nesta terça-feira, com apresentações para os diretores Regionais de Educação, Juventude e Esportes, assessores de currículo e gestores escolares e técnicos da Seduc.

A programação do primeiro dia teve como público-alvo os diretores escolares, assessores das Diretorias Regionais de Educação, Juventude e Esportes (DREs), coordenadores escolares e professores.

No período de 8 a 12 de novembro, a orientação é que os professores trabalhem pelo menos uma aula em cada turma, abordando temas como: cidadania financeira, sustentabilidade, escolhas financeiras saudáveis, planejamento financeiro, orçamento pessoal e familiar, entre outros assuntos.

No período de 10 a 12 de novembro, as atividades alusivas à Semana da Educação Financeira serão destinadas aos estudantes.

Além dessas atividades, as escolas da Rede Estadual já contam em seus Projetos Políticos Pedagógicos (PPAs) com ações alusivas à educação financeira para serem desenvolvidas ao longo do ano letivo.

A Semana Nacional da Educação Financeira é uma iniciativa do Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF), que acontece todos os anos, desde 2014, e tem a finalidade de promover ações de conscientização financeira no país. E conta com a parceria das Secretarias de Educação dos Estados.

Já o programa Educação Financeira nas Escolas é desenvolvido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Banco Mundial, e tem a finalidade de preparar professores para que o tema seja abordado na sala de aula.

Seduc.

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