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Relatório da Covid atribui 11 crimes a Bolsonaro e pede indiciamento de 72 – veja quais

Leitura do relatório será realizada nesta quarta-feira (20) e o parecer será votado no próximo dia 26.

A minuta do parecer final do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, elaborada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), é farta em evidências para sustentar a argumentação do parlamentar sobre como o País acumulou mais de 600 mil mortes pela doença. A última versão reúne falas negacionistas do presidente Jair Bolsonaro, fotos, vídeos, conversas de WhatsApp e e-mail, relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), fluxogramas de transferências milionárias e documentos apreendidos.

O relatório, revelado pelo Estadão no domingo, pode passar por atualizações até esta hoje, quando será lido na CPI. São atribuídos 11 crimes a Bolsonaro e há 72 pedidos de indiciamento. A votação do parecer está marcada para a terça-feira, 26. Após a aprovação, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que analisa em 30 dias se processa Bolsonaro e outros citados. Veja os principais indícios:

Gabinete Parelelo

Um vídeo, de setembro de 2020, mostra reunião do grupo “Médicos pela Vida”, formado por profissionais pró-tratamento precoce. Participaram Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto. Na ocasião, ele sugeriu a criação de um “shadow cabinet”, sem exposição dos integrantes, para aconselhar o governo sobre vacinas contra o coronavírus. Registros de companhias aéreas mostram que Yamaguchi fez quinze viagens a Brasília entre março de 2020 a maio de 2021. O Ministério da Saúde pagou diárias e passagens de uma viagem.

Imunidade de Rebanho

Há uma comunicação diplomática de outubro de 2020 entre o embaixador brasileiro Sérgio Eduardo Moreira Lima e o professor Nicolai Petrovsky, diretor da empresa australiana Vaxine. Na ocasião, o Brasil solicitou informações sobre a vacina, mas, segundo o relatório, o Itamaraty parecia buscar dados sobre a imunidade de rebanho no exterior.

São também mencionadas três “lives” nas quais Bolsonaro defende a imunidade de rebanho. Numa delas, disse que o país só ficaria “livre do vírus” com 70% da população infectada.

Tratamento Precoce

O relatório apresenta fotos do presidente fazendo propaganda dos remédios e cita uma live de Bolsonaro com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em que presidente o questiona sobre o tratamento e ele diz que “está funcionando”. Mais de 80 telegramas mostram iniciativas do Itamaraty junto ao governo indiano para liberação de importação de IFA de hidroxicloroquina, em fins de semana ou fora do expediente.

Mais Goiás.

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