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Reajustes reduzem poder de consumo

Planejamento é a chave para superar impacto da alta de preços no orçamento

O brasileiro viu o seu poder de compra nos últimos meses diminuir. Os diversos aumentos nos preços de remédios (10,52%), alimentação (2,29%), contas de água (13,90%) e energia elétrica (13,79%), planos de saúde (13,57%) entre vários outros fizeram o aumento de 11,57% do salário mínimo, em 2016, quase não ser percebido pelos brasileiros. “Sobreviver é ganhar, ganhar é luxo”, é assim que o economista e professor Alivínio Almeida avalia o atual cenário econômico vivenciado no País.

Na sua avaliação, os aumentos são inevitáveis, por isso “não se pode dizer que esse ou aquele aumento não devia acontecer”. A orientação do especialista é que o tocantinense se pergunte como pode se adaptar aos inúmeros aumentos sentidos nos últimos meses. “Primeiro, o nível de desemprego está muito alto. Como pagar preços mais altos se estou desempregado? E a outra questão é: quem não perdeu o emprego e tem que adaptar o orçamento.”

Para Almeida, tanto a perda do emprego quanto a redução do poder de compra criam uma espécie de situação ameaçadora para a economia doméstica. “Não tem jeito de sobreviver a isso sem mudar o planejamento”, diz o professor ao alertar que na atual conjuntura econômica, em que os rendimentos médios não acompanham os aumentos nos preços dos produtos, é preciso ter parcimônia com os gastos.

Sobre o desemprego, o especialista acredita que ele deve parar de crescer, mas a previsão é que apenas em 2019 o cenário econômico comece a apresentar sinais de recuperação. “Vejo que nós chegamos ao fundo do poço e para nós é importante, pois você chega lá e tem a chance de se lançar para cima. Por pior que pareça, isso é um sinal bom, pois não vai afundar mais. Ano passado não conseguíamos ver esse fundo”, pondera.

Novos hábitos

O servidor público João Batista Silva Neto sentiu na pele a necessidade de mudar os hábitos ao ver seu poder de consumo reduzido. “O meu salário não aumentou e quando vou ao supermercado me assusto, pois não consigo mais comprar quase nada. Um dos maiores problemas que enfrentei foi a venda do meu carro, pois não tinha mais condições de manter prestação, manutenção e combustível. Troquei o carro por uma moto e estou tentando seguir em frente, mas não consigo comprar hoje o que eu comprava há seis meses.”

Segundo o professor Almeida, o importante em momentos como este é aplicar estratégias de defesa econômica financeira que nada mais é do que rever as expectativas de consumo. “É preciso comprar só o que for estritamente necessário, além de liquidar dívidas ou mesmo trocá-las por mais baratas e com isso trabalhar a liquidez do orçamento doméstico.”

Almeida diz que os aumentos não devem parar de acontecer, pois diversos fatores influenciam nas altas e orienta que o consumidor “não compre o que não é necessário e não faça novas dívidas, além de negociar ou eliminar as antigas. O objetivo neste momento é sobreviver e sobreviver é ganhar. O que eu preciso fazer agora é sobreviver, ou seja, não comprar o desnecessário”, alerta.(fonte:jornal do tocantins)

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