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Quatro suspeitos de desviar dinheiro de emendas parlamentares através de ONGs são denunciados

Investigação aponta que grupo teria desviado cerca de R$ 30 milhões. Organização seria responsável por desenvolver atividades ligadas à cultura e à arte.

Quatro alvos da operação ONGs de Papel, que investiga desvio de verba de emendas parlamentares, foram denunciados nesta sexta-feira (26) pelo Ministério Público Estadual (MPE).

De acordo com o órgão, eles teriam cometido crimes de formação de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

A ação da Polícia Civil investiga desvio de recursos de emendas parlamentares em convênios com instituições sem fins lucrativos.

A organização seria responsável por desenvolver atividades ligadas à cultura e à arte e a suspeita é de que o grupo tenha desviado cerca de R$ 30 milhões através de eventos superfaturados.

Os denunciados pelo MPE são: Iuri Vieira de Aguiar, que teria comandado o esquema, Eduardo Borges da Silva, Iury Rocha Aguiar, João Paulo Silveira.

De acordo com a denúncia, o grupo desviava parte do dinheiro que era repassado pelo Estado para a realização de eventos.

A denúncia se refere a termos de colaboração entre o Instituto Prosperar (Ipros) e o Estado, no valor total de R$ 350 mil, para a produção de festas em cidades do interior do Tocantins.

Entre os eventos estão o aniversário da cidade de Santa Terezinha, orçada em R$ 55 mil, o repasse de R$ 80 mil para a festa do Cupu em Esperantina, R$ 100 mil para a festa do Peixe, também em Esperantina e repasse de R$ 115 mil para a 2ª Exposição Agropecuária de Augustinópolis.

Segundo as investigações, caso os eventos tenham sido realizados, houve orçamentos superestimados e contratações superfaturadas.

O outro lado

A defesa de João Paulo Silveira informou que não conhece, ainda, o teor da denúncia e que não foi intimada para se manifestar. O site aguarda os posicionamentos das defesas dos outros citados.

A operação

A ONGs de Papel investiga o repasse de emendas parlamentares para instituições sem fins lucrativos. As ONGs eram responsáveis por realizar eventos relacionados à cultura e arte. Só que a Polícia Civil acredita que as licitações eram direcionadas.

Um dos principais indícios apontados pelos investigadores é o fato de que, em pelo menos quatro processos da ONG Instituto Prosperar (IPROS) , as concorrências foram vencidas pela empresa de um dos diretores da própria IPROS.

Durante as investigações a polícia descobriu que 12 empresas eram registradas no nome de um morador de rua. O delegado Guilherme Rocha, responsável pela investigação, explicou que encontrou uma procuração que dá plenos poderes na administração da empresa para João Paulo Silveira, um dos presos na ONGs de Papel.

G1 Tocantins.

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