Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil
Dividido em relação à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o PTN foi o 13º partido a participar da sessão que discute, desde a manhã de ontem (15) a denúncia de crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff. Primeira representante da legenda a discursar, a deputada Renata Abreu (SP) manifestou-se favorável ao impeachment.
“Ouvimos as manifestações de pessoas que foram para as ruas porque não estavam próximas aos parlamentares e está na hora de restabelecermos essa comunicação com o povo brasileiro”, disse a parlamentar.
Por outro lado, o deputado Bacelar (BA) disse que seu voto e suas convicções “não estão à venda” e que, por isso, votaria contra o parecer que pede a admissibilidade do prosseguimento do impeachment. Para ele, o afastamento de Dilma sem um crime de responsabilidade representa um “golpe”. “No futuro, essa tentativa de impeachment que não tem base legal será conhecida como o golpe de 2016”, disse comparando com o golpe militar de 1964.
O deputado Carlos Henrique Gaguim (TO), no entanto, defendeu o impeachment porque, segundo ele, 90% dos seus eleitores concordam com o afastamento da presidenta. “E eu estou aqui para representar o meu povo”.
O PTN tem uma bancada de 12 deputados e faz parte de um bloco de 17 parlamentares junto com o PSL e o PTdoB.