Uma barragem no córrego Ribeirão Grande está sendo alvo de uma investigação do Ministério Público Estadual em Tocantinópolis, norte do Tocantins.
Uma portaria foi aberta pela promotoria de justiça após informações de que o local está abandonado e correndo risco de desabar.
De acordo com o MP, a estrutura foi construída para servir como hidrelétrica e inaugurada em 1966. Porém foi deixada de lado desde a divisão do Tocantins e Goiás.
A portaria busca apurar quem é responsável pela barragem para responsabilizar a falta de manutenção e abandono. A estrutura fica próximo de um povoado chamado Ceorta. De acordo com o MPE, o local possui um volume de água represado de seis a oito quilômetros.
Segundo o documento, o abandono da estrutura “tem ocasionado prejuízos ao meio ambiente e aos moradores vizinhos à obra, correndo o risco de desabar caso seja obstruída”, diz trecho do documento.
Porém, a portaria não informa se há danos estruturais ou erosão no local da barragem.
A promotora responsável solicitou informações sobre licenças ambientais para o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e para a Prefeitura de Tocantinópolis. Além de solicitar uma vistoria pelo Corpo de Bombeiros.
Outro lado
A Prefeitura de Tocantinópolis informou que não é responsável pela barragem, mas que a Defesa Civil vai até o local para fazer uma vistoria e emitir um laudo sobre a situação atual da barragem.
O site solicitou posicionamento do Instituto Natureza do Tocantins e aguarda resposta.
Outras barragens
Quatro barragens no Tocantins estão com as estruturas comprometidas após apresentarem erosões e infiltrações, segundo levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA). Ao todo, o estado tem 680 estruturas de barramento cadastradas.
O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) seria responsável por monitorar a maioria, cerca de 670, mas somente 143 foram vistoriadas e classificadas quanto ao risco e dano potencial. Ou seja, 527 ainda não foram monitoradas.