A dança que tem origem africana é marcada pelo ritmo agitado e batuques de tambores e do cuíca, que são instrumentos musicais semelhantes ao tambor.
Com o objetivo de preservar e valorizar a cultura e a identidade da comunidade de Chapada de Natividade, a professora de História e especialista em Cultura Afro-Brasileira, Roberta Tavares está desenvolvendo um projeto que ensina crianças e adolescentes a dançarem suça.
A professora contou a Gazeta que se sente lisonjeada em poder fazer algo que resgata a cultura do seu povo. “
“Eu enquanto professora de História me sinto grata por poder ajudar e fazer mais pela comunidade onde vivo. Doar um pouco do meu tempo para que a memória da cidade onde moro não se perca. Isso é responsabilidade social”.
Desde a criação do projeto em 2015, várias crianças de adolescentes foram atendidos. Além das orientações da professora, ajudam nos ensaios figuras importantes da cultura local como, Dona Santana, o folião Poscidônio e o folião Patricinho, que continua até hoje no projeto.
Prestes a fazerem uma grande apresentação, que acontece na próxima sexta-feira, 16, ao Gazeta, a professora contou também que o grupo de Suça Tia Zezinha não possuía instrumentos para tocar em suas apresentações, sempre colocavam cds para tocar, mas agora a realidade é diferente.
“Elaboramos um projeto que preserva nossas raízes onde resgatamos os tambores na comunidade. Foram mais de 70 anos dançando a Suça sem os instrumentos”.