Alvo de prisão preventiva, ele fica detido por tempo indeterminado. Detenção ocorreu em chácara na Cidade Ocidental, no Entorno.
De acordo com os investigadores, ele agia “aliciando” candidatos e atuava como laranja – fornecendo as contas bancárias à organização criminosa para receber o pagamento pelas provas e lavar o dinheiro.
A polícia ainda apura a extensão do esquema. No entanto, a instituição já notou um depósito de R$ 50 mil na conta dele por um canditato no concurso de auditor do Tribunal de Contas de outra unidade da federação, em 2016.
“Todo mundo que está envolvido na organização trabalhava como ‘corretor de vagas’. Se tivesse oporutunidade, ganhava comissão para aliciar as vítimas, ou seja, um percentual em cima do dinheiro”, afirma o delegado Brunno Ornelas, da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco).
Com a prisão de Santos, há apenas um alvo de prisão considerado foragido. O prazo de cinco dias pelos quais deve ficar detido só começa a ser contado a partir do dia em que for preso.
Investigação
No dia 30 de outubro, as polícias civis do DF e de Goiás deflagraram duas operações paralelas contra 33 suspeitos de liderar a chamada “máfia dos concursos” pelo país. Entre os alvos, 15 são de Brasília e 18 de Goiânia. Segundo os investigadores, eles tinham intenção de fraudar o Enem.
Em entrevista à TV Globo, o advogado do Cebraspe, Marcus Vinícius Figueiredo, negou a participação do centro em irregularidades. “É uma instituição que tem respeito no mercado por conta dessa prestação constitucional que exerce, e vai continuar cooperando com a autoridade policial em tudo o que ela precisar”, afirmou.
Responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em todo o país, o Inep afirmou em nota que “foram adotadas todas as medidas para uma aplicação segura, que garanta isonomia entre os participantes e tranquilidade para realização das provas”.
A suspeita é de que esse ex-funcionário do Cespe/Cebraspe age desde 2013, e de que mais de cem pessoas tenham se beneficiado do esquema. Os investigadores agora trabalham para identificar essas pessoas para prendê-las e fazer com que percam a função pública.
G1/GO