Veículos adulterados foram encontrados em Palmas e pertenciam ao mesmo dono. Placas dos dois carros eram iguais.
A Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos investiga irregularidades em vans que fazem o transporte de alunos em Palmas. Dois carros adulterados foram encontrados após uma denúncia anônima. Ambos pertencem ao mesmo dono.
Os veículos usavam as mesmas placas e até a pintura de uma delas foi adulterada. “Fez uma clonagem de placa e a gente indagou o porquê daquilo, a clonagem de uma van legal para outra van com a mesma placa. Ele justificou que essa van não estava apta ao transporte de crianças. Então, havia algumas irregularidades, mas precisava legalizar a van para transportar as crianças”, disse o delegado Rossilio Correia.
Segundo a polícia, na outra van o proprietário trocou o motor original por outro inferior e fez varias adaptações sem registrar no departamento de trânsito. As adulterações foram confirmadas pela perícia.
“A cor original dela é branca, mas ela está prateada. A outra van está com a placa desta van aqui e com o motor de uma terceira van. Isso aí é adulteração”, disse o perito Sérgio Pimentel.
Cada van fazia o transporte escolar de quarenta crianças por dia, com o valor médio R$ 200 por aluno. O dono dos veículos não teve o nome divulgado, mas prestou depoimento e vai responder em liberdade.
Segundo o delegado, o crime é grave, pois coloca a vida de pessoas em risco. “Ele coloca as pessoas em risco porque não está dentro dos padrões técnicos para fazer esse tipo de serviço. Ainda mais envolvendo crianças”, disse o delegado.
Outras irregularidades
O transporte escolar público também é fiscalizado e tem sido alvo de várias ações. Nas últimas vistorias no interior foram encontrados veículos sucateados, falta de acentos e pneus carecas.
O Ministério Público informou que tem mais de 400 ações na Justiça para obrigar prefeitos e secretários municipais de educação a tomar providências. “Mesmo sendo apontados quais são os problemas, esses gestores não corrigem e o Ministério Público precisa entrar com ação judicial e questionar isso na justiça para ver o problema resolvido”, afirmou o promotor Sidnei Fiori.