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Polícia divulga carta do suspeito de matar fisioterapeuta: ‘Não te mereço’

Mãe da jovem disse à polícia que texto foi escrito semanas antes do crime.
Namorado da vítima está sumido desde o homicídio em casa de Vianópolis.

Polícia divulga carta de suspeito de matar fisioterapeuta: 'Não te mereço' em Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Polícia divulga carta de suspeito de matar fisioterapeuta (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil divulgou uma carta escrita pelo engenheiro agrônomo Diego Henrique Lima, de 30 anos, para a namorada, a fisioterapeuta Caillane Marinho, de 27, dias antes de ela ser assassinada, em Vianópolis, região sul de Goiás. No texto, o homem, principal suspeito do crime, pede desculpas à jovem, diz que a ama e afirma: “Não te mereço e deixei tudo acabar”.

Segundo o delegado Marcos Vinícius Costa, responsável pelo caso, a carta foi entregue à polícia pela mãe de Caillane. “Ela afirmou que recebeu o material da filha há algumas semanas, mas não se recorda do dia exato. Não dá para saber exatamente do que ele fala, mas suspeitamos que foi depois de alguma briga do casal”, afirmou ao G1.

A fisioterapeuta foi encontrada morta na manhã de domingo (9). Segundo as investigações, ela estava no quarto da residência, onde morava com o namorado há cerca de dois meses, e tinha uma marca de tiro na cabeça. Ela deixou uma filha de 7 anos.

Diego, que está desaparecido desde o dia do homicídio, ainda afirma na carta que “escreve com sinceridade” e que “nunca foi bom em dar satisfação”.

Por fim, no trecho que ainda está legível, o suspeito se declara: “Se estou passando isso tudo, é porque realmente te amo”. Em seguida, ele completa em tom resignado: “Mas se sempre você tem dúvida é porque te passei isso. Mas pode deixar, eu te entendi e vou te entender”.

Armas
Em uma diligência no local do crime, a Polícia Civil localizou registros de oito armas em nome de Diego. O material estava em um armário como se fosse um arquivo. Apesar dos papéis, as armas estavam irregulares, pois apresentavam validade expirada.

Ainda conforme o delegado, na residência também foi encontrado um cartucho deflagrado de revólver calibre 38. No quarto onde Caillane estava morta havia marcas de outros dois disparos. Como a perícia ainda não foi finalizada, não há informação definitiva de qual arma foi usada no homicídio.

Diego já foi preso, em 2013, por porte ilegal de arma, em Orizona, também no sul de Goiás. Na ocasião, ele foi abordado pela polícia que localizou um revólver calibre 38 com ele.

Relacionamento conturbado
Testemunhas relataram que os casal tinha um relacionamento complicado. A mãe de Caillane chegou a afirmar à polícia que, no dia do crime, almoçou com a filha e ela relatou a intenção de terminar o relacionamento. 

Amigos da vítima também reforçam a tese. Um publicitário, que não quis se identificar, afirmou que o namorado era muito ciumento.

“Eles estavam juntos há seis meses e morando juntos há dois. Eu nunca gostei dele porque ela se afastou muito da gente depois que se conheceram. Na última quinta-feira (6), ela me disse que estava triste e que queria terminar”, afirmou.

Outra amiga, que também pediu sigilo sobre a identidade, também relata situação semelhante. “A gente se encontrava muito quando ela ainda era solteira. Mas depois que ela começou a namorar, nunca mais. O pessoal falava que ele era agressivo e ciumento”, revelou.

Fisioterapeuta Caillane Marinho é encontrada morta dentro de casa; namorado é suspeito em Goiás (Foto: Arquivo Pessoal)
Jovem foi encontrada morta dentro da casa onde morava com o namorado (Foto: Arquivo Pessoal)

Comunicação do crime
O advogado Romualdo de Oliveira foi quem avisou à polícia sobre o crime. Ele afirma que foi procurado pelo pai de Diego para relatar a situação, mas alegou que não tem informações mais concretas sobre o paradeiro do suspeito.

“Não sei como foi a dinâmica do crime. Recebi um telefonema pedindo que eu comunicasse o evento. Ele irá se entregar, mas não sei quando. A informação que a família me passou é que ele vai isso vai ocorrer em um momento oportuno”, salientou.

Oliveira destacou que, apesar de ter atuado inicialmente no caso, a defesa do engenheiro no caso caberá a outro profissional, cujo nome ele disse não saber.

 

 

 

Parentes e amigos prestaram as últimas homenagens a fisioterapeuta, em Vianópolis, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Caillane foi enterrada no Cemitério Municipal de Vianópolis (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Fonte:g1/go

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