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PM acusado de integrar grupo de extermínio ameaça autoridades durante depoimento

Documento foi obtido com exclusividade pela TV Anhanguera e mostra relato do último dia 18 de dezembro. Tenente-coronel Carlos Eduardo Belelli está preso e defesa dele nega os crimes.

Um documento obtido, com exclusividade, pela TV Anhanguera mostra ameaça em depoimento do tenente-coronel da Polícia Militar Carlos Eduardo Belelli à Polícia Federal.

O policial está preso e a defesa dele informou que não tem conhecimento das ameaças ou da denúncia contra ele pelos crimes de duplo homicídio e ocultação de cadáver.

No ofício está relatado que o então PM disse às autoridades presentes: “Vocês vão ter o monstro que estão criando. Eu vou desgraçar as vidas de cada um de vocês”. A declaração foi dada no último dia 18 de dezembro, de acordo com o documento.

Conforme apurou a TV Anhanguera, Belelli e outros quatro policiais militares se tornaram réus no processo em que são acusados de duplo homicídio e ocultação de cadáver. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) informou que ele responde a um processo sigiloso no qual é suspeito de formar um grupo de extermínio.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Belelli e os demais réus mataram Darlei Carvalho da Silva e Dallyla Fernanda Martins por motivo torpe e com recursos que impossibilitaram as defesas delas. O corpo da segunda vítima, conforme o órgão, foi escondido.

A Polícia Militar informou, por meio e nota, que “confia no trabalho do Ministério Público e Poder Judiciário e se manifestará após a conclusão dos trabalhos”. A corporação disse ainda que “está à inteira disposição destes órgãos para colaborar”.

Já o MP-GO disse, por meio de nota, que “repudia todo tipo de cerceamento à atuação de seus membros, principalmente ameaças e tentativas de intimidação que visam prejudicar o trabalho de defesa do cidadão”. Ainda de acordo com o órgão, “as medidas devidas já foram adotadas”.

Investigações

De acordo com o Ministério Público, Belelli e os outros quatro PMs são suspeitos de “divulgar mortes em confronto policial como atitudes legítimas, quando, na realidade, há suspeitas de homicídios praticados pelos militares investigados e até mesmo de simulações de situações de confronto com as vítimas”. Além disso, o grupo é suspeito de invadir a residência de um casal, retira-los à força, mata-los e ocultar os corpos.

Antes de ser preso, o tenente-coronel Belelli divulgou nas redes sociais um vídeo se defendendo. Disse que já esteve à frente de operações contra o crime e justificou que as mortes ocorreram em confrontos com criminosos que reagiram contra a PM.

G1 Goiás.

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