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PF prende sócios de fornecedora por suposta fraude de materiais cirúrgicos

Empresa é investigada por adulterar etiquetas de validade de produtos.
Cirurgias cardíacas foram suspensas no maior hospital de Palmas

Dois sócios da empresa Cardiomed, investigada por fraudar etiquetas de validade de materiais cirúrgicos, foram presos em flagrante nesta quinta-feira (5). Por causa da suposta adulteração nos produtos, as cirurgias no Hospital Geral de Palmas foram suspensas.

A empresa foi denunciada nesta quinta-feira pela Secretaria de Saúde depois que funcionários do Hospital Geral de Palmas (HGP) perceberam que os lacres de validade dos produtos estavam adulterados. Segundo a secretaria, a empresa fornecia produtos vencidos, mas falsificada a etiqueta colocando outra data de vencimento.

Um dos sócios foi preso em Palmas, e o outro em Araguaína, onde fica a sede da empresa. Eles vão responder pelos crimes de fraude de contrato público e alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.

Os materiais eram usados em pacientes que faziam procedimentos no coração, como angioplastias, cateterismos e implantes de marcapassos, no maior hospital público doTocantins, o HGP.

Por causa do caso, as cirurgias cardíacas foram suspensas. Cerca de 40 pacientes estão na fila de espera. “Em casos emergenciais, nós estamos contratando as unidades privadas aqui do estado, para que elas nos cedam esses materiais, ou façam os procedimentos lá”, informou o secretário estadual da saúde, Marcos Muzafir.

A secretaria vai fazer uma nova licitação e abriu uma sindicância para apurar o caso. “Nós vamos convocar todos os pacientes atendidos nos últimos dias, pra que possam retornar e fazer uma nova avaliação clínica deles”, complementou o secretário.

A Polícia Federal fez buscas no HGP e no escritório da empresa, em Palmas. Foram apreendidos documentos, como notas de vendas e materiais fraudados. A Vigilância Sanitária também interditou a empresa Cardiomed por falta de alvará sanitário.

Empresa teria colocado etiqueta falsa em materiais de cirurgia cardíaca (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Empresa teria colocado etiqueta falsa em insumos hospitalares (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

 

Defesa
O advogado da Cardiomed Marcelo Henrique Moura, informou que a empresa está colaborando com as investigações.

“Todas as informações, tudo o que a polícia tem pedido foi feito e foi demonstrado de que nesta fase inicial só nos cabe abrir as portas. Isso está sendo feito e estamos nos colocando à disposição do que a polícia e a Vigilância Sanitária acharem pertinente ao caso. É uma coisa primária que depende de provas a serem produzidas”.(fonte:g1/to)

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