Samu foi acionado e fez os primeiros atendimentos a bebê, que passa bem.
Conselho Tutelar diz que agora procura por família do menino, em Goiás.
O pedreiro Edmilson Xavier conta que foi ele quem encontrou um recém-nascido dentro de uma caixa de papelão no Parque Veiga Jardim, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, na manhã de domingo (26). Segundo ele, ao chegar para trabalhar em uma construção, percebeu o pacote em um lote baldio e decidiu checar do que se tratava. Foi quando encontrou o bebê.
“Quando eu cheguei avistei essa caixa, que estava suja de sangue e estava mexendo. Depois, quando eu encostei mais, ouvi o choro e percebi que era de bebê”, relatou.
Após encontrar o recém-nascido, Edmilson acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por volta das 8h40. De acordo com o médico Frederick Bener, a criança ainda estava envolta pela placenta, o que indica que tinha nascido horas antes.
Ainda segundo o médico, o bebê aparentemente nasceu por volta das 40 semanas de gestação. “Ele está bem forte e saudável”, destacou.
Depois dos primeiros socorros, a criança foi levada para a Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia. O diretor geral da unidade, Denysson José Morais Lopes, também confirmou que a o menino passa bem. “É uma criança de 3,8 quilos, com 53 centímetros, cabelos pretos e branquinho”, relatou.
Lopes diz que o hospital registrou um boletim de ocorrência e avisou o Conselho Tutelar sobre o caso. “Agora esperamos que a família desse bebê seja achada e que tudo se acerte”, ressaltou.
Já a conselheira tutelar Maria Luiza Brandão Lobo diz que agora o objetivo é encontrar a família do bebê. “A mãe dessa criança, se em um momento de desespero, a deixou lá, tem todo o direito de voltar atrás. Ela deve procurar o Conselho Tutelar ou o Juizado da Infância e Juventude. O direito dela não será negado”, explicou.
O bebê permanece na maternidade na manhã desta segunda-feira (27) e passa bem. Depois de receber alta, ele será levado para a sede do Conselho Tutelar.
O motorista do Samu Vitalino Pereira Rocha, que já atua há 12 anos fazendo os mais diversos tipos de socorro, diz que ficou emocionado com a situação. “A primeira coisa que a gente pensa é nos filhos da gente. Aí tem que juntar o profissionalismo com o lado de pai para dar o melhor suporte à criança”, disse.
G1/Goias