Oficialmente, contudo, a pasta afirma que Pazuello continua como ministro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está reunido na tarde de hoje com a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede Vila Nova Star.
A profissional é uma das cotadas para assumir o Ministério da Saúde na vaga de Eduardo Pazuello.
Segundo fontes do Ministério da Saúde, o general pediu demissão do posto na manhã de hoje. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pelo UOL.
A reportagem apurou que Bolsonaro e Ludhmila Hajjar estão reunidos no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República em Brasília (DF), desde as 14h de hoje. Inicialmente, o encontro ocorreu fora da agenda.
Mais cedo, a assessoria do Planalto disse que não havia previsão de reunião ainda hoje. Depois, o encontro foi confirmado pelo governo.
Oficialmente, o Ministério da Saúde não confirma a saída do general do cargo. “O Ministério da Saúde informa que até o presente momento o ministro Eduardo Pazuello segue à frente da Pasta, com sua gestão empenhada nas ações de enfrentamento da pandemia no Brasil”, diz o ministério, por meio de nota na tarde de hoje.
Aliados aconselharam Bolsonaro a substituir Pazuello
Fontes do Planalto afirmam que há algum tempo a condução de Pazuello no combate à pandemia vinha sendo alvo de críticas que estariam desestabilizando ainda mais o governo. Bolsonaro passou a ser aconselhado por trocar o ministro.
Apesar da resistência inicial do presidente, assessores palacianos afirmam que é possível que se tenha encontrado uma fórmula para tentar minimizar os danos da troca no comando da Saúde.
Segundo essas fontes, Pazuello alegaria problemas de saúde e pediria para sair. Para isso, no entanto, a ordem era já ter um substituto para anunciar.
Um general próximo ao ministro da Saúde disse que ele não se recuperou completamente depois que teve coronavírus e possui problemas respiratórios.
Outras fontes do Planalto, que ainda não dão como certa a saída de Pazuello, dizem ver pressão do Centrão para demitir o ministro.
Ludhmila atua na linha de frente do combate à covid-19 e já atendeu autoridades no Hospital Vila Nova Star de Brasília, entre eles o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Carla Araújo, Juliana Arreguy, Luciana Amaral e Luis Adorno/Do UOL, em Brasília e São Paulo
Por noticias uol