Moisés da Sercon foi assassinado com um tiro na cabeça. Vítima estava dentro da própria caminhonete, numa estrada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois.
Há um ano, o corpo do prefeito de Miracema do Tocantins Moisés Costa da Silva, conhecido como Moisés da Sercon, era encontrado em uma estrada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois, com um tiro na cabeça. Até hoje, o caso não foi solucionado. Para lembrar a morte, na manhã desta sexta-feira (30), parentes e amigos foram até o local onde o corpo foi achado.
Dezenas de pessoas compareceram ao ato. Vestidos de branco e com balões, eles cantaram, fizeram orações e clamaram por justiça. Alguns parentes se emocionaram ao falar sobre o caso e o quanto o assassinato ainda mexe com a família. Até hoje, ninguém sabe quem matou Moisés e porque o crime foi cometido.
A Prefeitura de Miracema do Tocantins decretou ponto facultativo nesta sexta-feira (30) para lembrar a morte da vítima. O documento, assinado pelo novo prefeito da cidade Saulo Sardinha Milhomem, determina que os servidores de áreas não essenciais não deverão trabalhar durante toda a sexta-feira. Em áreas como saúde, segurança e na comissão permanente de licitação, o atendimento será normal.
No fim de julho, a família de Moisés da Sercon informou que contrataria um detetive particular para investigar o caso. Segundo Fidel Costa, irmão da vítima, a decisão foi tomada porque a família precisa ter paz e está cansada de esperar uma resposta da Polícia Civil.
Desde então, foram colocados outdoors em vários pontos do estado questionando o que pode ter acontecido no dia em que o prefeito morreu. Na época do crime a polícia descartou a hipótese de suicídio após o laudo da perícia, mas até hoje nenhum suspeito foi apontado.
O irmão afirmou que os investigadores contratados começaram a investigação, mas preferiu não divulgar nomes e valores que serão pagos para evitar interferências. Porém, informou que são pessoas experientes que trabalharam nas polícias Federal e Civil de outros estados.
Moisés Costa da Silva tinha 44 anos, era casado e trabalhou como empresário e contador em Miracema. Ele se candidatou a um cargo público pela primeira vez em 2016, quando foi eleito prefeito da cidade com 84% dos votos válidos.
A família não descarta que o crime tenha motivação política e diz que não tem nada a esconder.
G1 Tocantins.