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Palmeirópolis: Conheça a trajetória poética do escritor José Milton de Moraes Pessoa

Entre fases e história, conheça um dos homens mais ilustres da região.

A vida e a obra de José Milton de Moraes Pessoa, assim como as de muitos artistas que fazem parte da cultura brasileira tem sido esquecidos.

José Milton já escreveu cerca de 300 letras de músicas. “Faltou artista para gravar”, disse sorrindo.

Conhecido como (Zé Milton), o poeta e escritor faz parte do Patrimônio Cultural Vivo, da história do município de Palmeirópolis sul do Tocantins.

Um artista nato, que precisa ser estudado, preservado e lembrado, pelas novas gerações.

Enriquecendo a cultura tocantinense.

De uma alegria contagiante, Zé Milton entra para o rol dos poetas e escritores, que exaltam o amor a terra onde vive, a família e tem Deus como sua inspiração.

Sua mãe dona Antônia, fonte de suas inspirações de Moraes.

Conheça a história do artista e inspire-se

José Milton de Moraes Pessoa tem 65 anos é natural de Quintino Minas Gerais. Nasceu no dia 25 de outubro de 1957.

Saudoso Pai’, é umas das poesias que está no livro e fala do seu pai já falecido

É filho de João Gonçalves Bom Tempo (falecido) e Antônia de Moraes Pessoa, sendo o mais velho dos 12 irmãos.

Mudou-se para o município de Palmeirópolis em 1976, especificamente para fazenda Bela Vista, propriedade dos seus avos, Ernesto Gonçalves Bom Tempo e Maria Afonsa de Lima, na época José Milton tinha cerca de 18 anos. 

Num período histórico do antigo norte de Goiás, a cidade enfrentava dificuldades na luta pelo crescimento.

Na gestão do ex-prefeito Osvaldo de Souza Lima, Zé Milton concluiu seus estudos, tanto o ensino básico quanto o superior.

Em 1986, ingressou na prefeitura como servidor público, permanecendo efetivamente durante 28 anos na biblioteca Estadual e Municipal. Atualmente se encontra aposentado.

Foi o fundador do programa ‘Cristo Vive’ em 19 de janeiro 1979, em uma rádio FM de Palmeirópolis.

José Milton já foi conhecido pelo codinome, “poetinha”, também já usou o pseudônimo “José Pessoa”.

Começou a se interessar pela leitura em 1974, durante as aulas da disciplina de Artes, nas quais a professora citava a frase, que se tornou inesquecível.

“Cada um tem sua própria arte à desenvolver”.

No início de sua trajetória escrevia músicas. Dentre elas: “Um jovem sem amor”, “Nessa cidade tudo tem felicidade” e “Só eu vivo a lamentar”.

Sempre com o espírito de um homem apaixonado, Zé Milton explica as letras das músicas com o seguinte comentário.

“Se eu não desabafasse para mim mesmo através da música, era pior. Na época ainda solteiro, tinha vontade de ter uma namorada, andar, ir ao cinema, sabe aquele negócio de jovem”, comentou ele.

Disse ainda que ficava zangado por não poder aproveitar. “Pensei em tirar minha vida por três vezes, mas Deus me ajudou. A escrita me curou de certa forma. Porque acredito que, a música e a poesia é praticamente a mesma coisa, uma definição de desabafo. A gente sara, bota para fora”, explicou sorridente.

José Milton já escreveu cerca de 300 letras de músicas. Ele brinca dizendo: “Roberto Carlos fazia uma música, eu fazia outra”.

O poeta foi influenciado pela “Canção do Exílio”, além de se inspirar em Vinícius de Moraes, Cora Coralina e Clarice Lispector, para escrever as poesias.

Outra poesia que marcou o momento foi ‘Meu Anjo Louro”, na qual se refere a esposa Rosane Faller de Morais com quem é casado há 22 anos.

Seu primeiro livro foi publicado em 1991, chamado “As Minhas Primeiras Poesias”, composto por poesias cívicas, patrocinado por Freire Junior.

O segundo se intitulou “O céu é o limite”, publicado em 2019.  Ele explicou seu livro em uma frase “Você pode ter milhões de dólares, mas o céu é o limite”.

A relação da fé e poesia para José Milton é perceptível, expressando-se apenas em momentos de inspiração, como um reluzir Divino. Seu foco é justamente o céu e seu simbolismo.

Um dos grandes sonhos dele no munícipio de Palmeirópolis é criar um “Conselho De Cultura” para ajudar os escritores e artistas, a publicarem suas obras.

“Pensei em tirar minha vida por três vezes, mas Deus me ajudou. A escrita me curou de certa forma”.
Ao lado da esposa Rosane Faller de Morais com quem é casado há 22

Por Aurora Amorim

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