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Pais de bebê que teve braço e clavícula quebrados durante parto denunciam caso

Após passar duas semanas no hospital, bebê se recupera em casa. Promotora quer que Pedro Miguel passe por uma avaliação para saber se houve sequela.

s pais do bebê Pedro Miguel, que teve o braço e a clavícula quebrados durante um parto na Maternidade Dona Regina, em Palmas, denunciaram o caso ao Ministério Público Estadual, que está apurando o que aconteceu. O parto foi realizado no dia 23 de outubro. Após passar mais de duas semanas internado no hospital, o menino está em casa se recuperando.

A promotora de Justiça Ceres Rezende diz que já ouviu a equipe médica responsável pelo parto. “Os médicos falaram que deveria ser não só o ultrassom que define qual o tipo de parto, mas toda uma avaliação. Mas que poderia também ter um erro no ultrassom, que embora não seja uma coisa exata, pode ter havido um erro porque a diferença foi muito grande e resultou em uma lesão na criança e na mãe”, explicou. 

Caso do bebê que teve braço quebrado durante o parto está sendo investigado

Agora, o MPE quer que o bebê passe por uma avaliação médica. Além disso, a promotoria espera que o Conselho Regional de Medicina e a Secretaria Estadual de Saúde apurem o que de fato aconteceu.

“Independente de tudo isso, nós vamos abrir um procedimento para acompanhar não só a criança, mas se a mãe vai necessitar de outras cirurgias. Neste caso, nós vamos entrar com ação para que eles tenham todo o acompanhamento”, disse a promotora.

Enquanto isso, o bebê se recupera em casa. A mãe Lorena Amaral conta que ele ficou internado durante uma semana. Foi liberado, voltou para casa, mas depois teve infecção no umbigo e precisou ficar mais uma semana no hospital.

Um erro no peso do bebê teria complicado o parto. Antes do nascimento, a equipe médica disse que ele tinha 2,8 quilos, mas Pedro nasceu com 4,6 quilos.

Violência obstétrica

Nesta segunda-feira (27), servidores das maternidades públicas do estado realizam o Dia D de Combate à Violência Obstétrica. O objetivo é orientar sobre os direitos que as mulheres têm na hora do parto.

A gerente de Média e Alta Complexidade da Secretaria Estadual da Saúde, Raquel Marques, explicou que a violência engloba desde as agressões verbais até a posição da mulher no momento de dar à luz.

“Agressões verbais, frases, comentários constrangedores, desrespeitosos, como: ‘Não chore, não grite senão você vai ficar aí sozinha’. Esses tipos de comentários se configuram violência obstétrica e tudo aquilo que é negligenciado no momento do parto quando eu retiro da mulher aquilo que é garantido por lei”, argumenta.

Raquel diz que a mulher tem direito de levar um acompanhante e escolher, tanto o tipo de parto, quanto a posição. “A mulher pode parir de cócoras, sentada, em pé. As evidências científicas mostram que aquela posição antiga que a mulher é colocada em posição ginecológica, com as pernas amarradas não é a ideal, outras posições são melhores para fazer força”.

G1/TO

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