Família acredita que houve negligência por parte do HRA.
Aconteceu o que a família de Francisco de Assis Vieira mais temia. Ele tinha 53 anos e estava internado no Hospital Regional de Araguaína (HRA), desde o dia 22 de dezembro de 2020, aguardando o retorno do cardiologista, que está de férias, para avaliação de uma possível cirurgia para substituição de válvula no coração, mas não resistiu.
O caso era urgente e a esposa do paciente clamou por ajuda: “meu marido está morrendo”, disse Ana Lúcia na época. Segundo ela, Francisco foi internado devido a complicações causadas pelo desgaste da válvula do coração e um cardiologista solicitou apenas um cateterismo, que fora realizado. Porém, o médico entrou de férias e só retornará no dia 11 de janeiro. Nesse período, nenhum outro especialista teria feito uma avaliação no paciente.
Ao denunciar a morosidade do hospital, Ana Lúcia afirmou que o marido não resistiria à longa espera e temia por sua vida.
“Ele morreu por falta de socorro médico. Se ele tivesse sido avaliado por um cirurgião cardiologista isso não teria acontecido. O Hospital Regional ficou muito tempo com ele internado sabendo do estado de saúde, e nós da família sempre questionando, pois estávamos vendo a situação dele. Foi negligência, se tivessem feito algo a tempo ele não teria morrido, pois todos sabiam que precisava trocar a válvula”, disse a esposa do paciente.
Francisco de Assis morreu na noite da última sexta-feira (08) após agravamento no seu quadro de saúde. Ele chegou a ser transferido para a UTI do Hospital Dom Orione e aguardava a avaliação de um cardiologista.
“Ele estava muito debilitado e foi direto para a UTI. O meu marido teve uma parada cardiorrespiratória e tentaram reanimá-lo, mas infelizmente veio a óbito. Corremos muito atrás para tentar salvar a vida dele. O médico do Regional nem encaminhamento deu para a realização da cirurgia. Agora perdi o meu amor por causa dessa negligência”, lamentou.
AF Notícias.