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No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, Corpo de Bombeiros Militar reafirma importância de ouvir e acompanhar pessoas que tentam o ato

Longe de ser “mimimi”, o problema mostra que as vítimas devem ser encorajadas a buscar ajuda profissional.

No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, neste 10 de setembro, o Corpo de Bombeiros Militar reforça a importância da data e da necessidade, cada vez maior, de se ouvir, estar próximo e também de estender a mão àquele que achar estar num beco sem saída, num caminho sem volta, imaginando que dar cabo à própria vida seja a única forma de resolver os problemas.

O CBMTO acredita que um ombro amigo e a busca por ajuda de um profissional de saúde, podem oferecer luz na retomada de um caminhar saudável à pessoa que está sofrendo.

Para a major Dione Silva Lima Miranda, psicóloga do CBMTO e lotada no Centro Integrado de Saúde e Assistência Social (CISAS), “a tentativa de suicídio está longe de ser frescura ou mimimi”.

A major reforça que se trata de um grito de socorro, em que todos precisam estar atentos aos sinais dados pela pessoa na iminência de cometer o ato. “Precisamos falar mais sobre o assunto, pois a prevenção é o melhor caminho”, destacou.

Nos tempos atuais, quando o mundo todo passa por uma série de transtornos, sobretudo trazida pela pandemia, mais pessoas têm precisado de ajuda, seja em casa ou no trabalho.

E é nessa hora que, conforme a psicóloga, “colegas de farda (subordinados, pares e superiores) podem ajudar se, quando perceberem algo diferente no comportamento do outro, oferecendo apoio ou encorajando-o a buscar ajuda profissional”.

Na opinião da major Dione, o respeito e um pouco de atenção podem ajudar a reduzir a dor ou desespero de quem passa por esse tipo de situação.

“É a vontade de pôr fim em algo que está sendo insuportável ou que parece não ter saída. É um estado de exaustão e ou dor no corpo e na alma, uma sensação de incapacidade para lidar com uma perda (luto), uma separação, um medo, experiências traumáticas, uma doença crônica, dentre outras situações”, pontua a psicóloga.

Quem está sofrendo deixa sinais e isso deve ser levado em conta na oferta de apoio ou indicação de serviço médico e psicológico.

A major Dione destaca sintomas como depressão e ansiedade excessiva, que podem levar a pessoa ao isolamento, irritabilidade, choro frequente, cansaço excessivo, dores no corpo, apatia, pensamentos negativos, desleixo com sua aparência e com o que desenvolve rotineiramente, insônia ou sonolência, tristeza profunda, angústia, medo, entre outros.

“Pode haver uma busca ou um aumento no uso de substâncias psicoativas. Isso, sem considerar outros transtornos mentais que são também fatores de risco”, observou a psicóloga, que menciona ainda que a prevenção é um dos principais propósitos, sempre.

Desta forma, “sempre devemos auxiliar com recursos que promovam bem-estar (bom relacionamento pessoal, familiar e social, cuidado com a saúde física, momentos de lazer, prática espiritual e outros) e estratégias de enfrentamento (quando necessário, ajuda profissional no início do processo).

Tentativas em números

Dados do Sistema Integrado de Operações, do Corpo de Bombeiros Militar, revelam que em 2020, houve 110 registros desse tipo de ocorrência no Tocantins. Março (14), outubro (12) e dezembro (12), foram os meses com maiores índices.

Em 2021, o sistema já contabiliza 87 registros. Abril (15), maio (15) e janeiro (12) somam a maioria dos casos.

Os fatos consumados são de 13 ocorrências registradas em 2020, e em 2021, até o início deste mês (setembro), são 10 casos confirmados.

Crédito: Divulgação/CBMTO

Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins

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