Mãe dizia que o dia atraía coisas ruins, mas Janaína Muniz afirma que nunca acreditou na superstição. Professor de filosofia explica as lendas sobre a data.
Janaína Muniz nasceu no dia 13 de agosto e toda vez que a data caía em um sexta-feira, ela era proibida de sair de casa pela mãe. Os cuidados com a filha eram por causa da superstição que gira em torno da sexta-feira (13).
“Ela ficava preocupada. Dizia que esse dia não trazia coisa boa”, conta Maiara.
Hoje, aos 34 anos, a moradora de Paraíso do Tocantins, não deixa de sair e fazer qualquer outra coisa sem se importar com as crendices do dia. “Eu obedecia porque ela é minha mãe, mas nunca acreditei.”
O professor de filosofia, Divino Viana, explica que as lendas em torno da data vêm dos tempos bíblicos. “Principalmente dentro do Cristianismo está muito ligado ao número que destoa do 12. O 12 simboliza a totalidade: os 12 apóstolos, as 12 tribos de Israel. O 13 ficou marcado como número de azar e a sexta-feira por ser o dia da morte de Jesus Cristo.”
A superstição também inspirou um contra movimento. “O grupo dos 13, quando surgiu em Nova Iorque, tinha a intenção de quebrar todas essas superstições. Eles se reuniam todo dia 13, iniciavam a reunião com 13 pessoas em uma mesa, passavam embaixo de escada, quebravam espelhos. Para justamente dizer que não tinha nada a ver essas superstições.”
Para a esotérica Zezé Balbaki, a numerologia da data traz a mensagem da necessidade de aprimoramento para as mudanças que estão por vir. “O 13 representa transformação e mudanças espirituais. Não vejo como um número ruim. Vejo como um alerta de melhora. Se você estiver sempre em equilíbrio fazendo as coisas boas, nada para você dará errado”, defende.
G1 Tocantins.