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Morre aos 100 anos, pioneira de Palmeirópolis

Segundo familiares, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Ela completaria 100 anos em maio.

Uma das moradoras mais antigas de Palmeirópolis e que fez parte da história do município, morreu na tarde deste sábado, (6).

Alzira Filomena dos Santos estava prestes a completar 100 anos no dia 05 de maio, e segundo familiares, ela morreu em casa de falência múltipla dos órgãos.

Uma família de baianos recém chegados de Novo Horizonte/Bahia, em busca de terras no norte de Goiás, mudou-se para Formoso, bem na época de José Porfirio e o conflito de Trombas e Formoso.

Gravida, no ano de 1964, e com filhos pequenos, acompanhou o marido Antônio Alves do Santos até Palmeirópolis.

Mudaram no mesmo dia da família do seu João Barros e dona Melina, (falecidos), e também pioneiros do município. O motorista do veículo na época foi o filho do seu João Barros, José Lopes de Barros (Barrinha) ex-vereador de Palmeirópolis.

Por estradas de chão, poeiras, lama e serras, às duas famílias percorrem dois dias exaustivos, dormiram duas noites no caminho, (num trecho de 108km), até chegar ao destino, onde se instalaram.

Residiram por alguns meses na fazenda Itabaiana do proprietário Limirio Viana Guimarães, (Fundador de Palmeirópolis).

Seu Limirio, muito prestativo, gostava de acolher e ajudar as pessoas, com isso, cedeu a fazenda Itabaiana para a família do seu Antônio morar até se instalar na região.

Dona de um requeijão saboroso, Alzira era uma mulher determinada e tímida que cuidava da família com dedicação e amor.

Mãe de 9 filhos, (três falecidos), 18 netos, 38 bisnetos e 04 tataranetos, sentia orgulho da linhagem que formou.

Ela junto com o marido, possuiu terras no Mucambinho, Morro Solto, em seguida foram por muitos anos proprietárias de uma loja de tecidos em Palmeirópolis.

Chegaram à ‘terrinha’ no início de tudo, se apaixonaram, e com bastante trabalho e luta, fez do local o cantinho mais que especial. Criou os filhos e laços de amizades, conquistou amigos inseparáveis, e por fim, foram sepultados.

Hoje, o coração de dona Alzira infelizmente não bate mais neste mundo, mas será para sempre lembrada por seu caráter e terminação que marcou a história de Palmeirópolis.

Seu Antônio descontraído e sempre ao lado da esposa Alzira, companheira de todas as horas

Aos familiares, amigos fica a saudade, guardada com carinho no coração, as belas memórias que viveram na companhia dela e do seu Antônio.

Auxiliar no banho, alimentar, colocar para dormir, e jamais deixar sozinha. E zelar para que nada de ruim aconteça. Essa foi a rotina da filha Hilda Souza com a mãe.

Hilda abriu mão de tudo para cuidar dos três sobrinhos hoje casados e depois da mãe. “Uma guerreira”

O prefeito Bartolomeu Moura comentou que recebeu com muito pesar a notícia da morte da dona Alzira. “O legado de sua atuação no desenvolvimento da cidade de Palmeirópolis ficará sempre marcado na história da cidade”, lembrou o prefeito.

O Corpo de Dona Alzira foi velado em cerimônia restrita a familiares devido o decreto municipal e sepultado neste domingo no cemitério local ao lado do marido.

Em 1992, ao lado de amigos e familiares comemoraram as bodas de ouro (50 anos) de casados. Três anos depois ele morreu.

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