Hadassa Victória foi ferroada em um dos pés, levada ao Hutrin e depois transferida para o HDT, onde, segundo um tio, está em uma UTI aguardando retirada dos órgãos para doação.
Uma menina de 3 anos sofreu morte cerebral após ser picada por um escorpião no quintal da casa da família, na segunda-feira (3), em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo a família, Hadassa Victória Vaz da Silva foi levada para o Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) após ser ferroada em um dos pés, inchar o corpo e apresentar hematomas.
De acordo com o entregador Marcos Vinícius Soares da Silva, tio de Hadassa, a menina foi transferida de ambulância para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), ainda na segunda-feira (3), onde o protocolo de morte cerebral foi confirmado. Segundo ele, a criança está em uma UTI da unidade, aguardando a retirada dos órgãos para doação.
“Ela e os pais dela moram na casa do meu avô, que é bisavô dela. Ela estava no quintal quando um escorpião pequeno, daqueles amarelinhos, picou o pezinho dela. Logo começou a inchar muito, ficar roxo, corremos para o hospital, mas acabou tendo este final triste. O médico ligou hoje cedo para o meu irmão, pai dela, que está lá autorizando a doação dos órgãos”.
“Está todo mundo muito triste. Ela completou 3 aninhos no sábado, e agora veio a óbito deste jeito”, disse o tio, emocionado.
A assessoria de imprensa do HDT informou ao site por telefone, às 9h, que não tinha autorização da família para divulgar informações sobre os procedimentos aos quais Hadassa está sendo submetida.
O site entrou em contato às 9h, por email e telefone, com a assessoria de imprensa do Hutrin, para saber como foi o atendimento à criança na unidade de saúde e aguarda um posicionamento do hospital.
O caso ocorreu na tarde de segunda-feira, na casa em que a família mora, no Residencial Marise, em Trindade. Em entrevista ao site, o tio disse que a presença de escorpiões na região é algo “corriqueiro”, mas que nunca havia ocorrido algo tão grava como o caso da sobrinha.
“Foi uma coisa muito estranha, ela inchou muito rápido. Todo mundo, não só da família, mas os vizinhos também, estão muito abalados e assustados com essa história”, disse o tio.
O site também entrou em contato, por email, com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para obter informações sobre a doação de órgãos e aguarda um posicionamento.
Ajuda para velório
Marcos Vinícius disse que o pai de Hadassa está desempregado e com a mulher grávida, também sem trabalhar. Ele afirma que a família não tem dinheiro para fazer o velório de Hadassa e que espera que ele consiga algum trabalho para conseguir pagar as contas.
“Ele está perdendo uma filha, sem ter dinheiro para o velório. E está esperando outra criança, sem ter nenhum tostão para pagar as contas ou comprar qualquer coisa. Está uma situação muito difícil. Se precisar de R$ 500 para o velório, nós não temos. Eu já ajudei com tudo que eu podia, mas agora está uma situação bastante complicada”, disse.
G1 Tocantins.