Segundo Grupo de Proteção Ambiental, descarte de esgoto está sendo feito de forma inadequada. Saneago alega que está agindo dentro das normas e apura descartes irregulares.
O Grupo de Proteção Ambiental (GPA) de Anápolis, a 55 km de Goiânia, recebeu denúncias de que havia grande formação de espuma no Córrego das Antas. Ambientalistas da Organização Não Governamental (ONG) verificaram o problema e suspeitam de contaminação do local por descarte de cal e esgoto da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).
A empresa informou, por meio de nota, à TV Anhanguera que está investigando “possíveis lançamentos irregulares de esgoto não doméstico nas redes da Companhia, o que poderia estar provocando problemas no processo de tratamento de esgoto”. O texto diz ainda que “a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Anápolis opera dentro dos limites estabelecidos pela legislação ambiental vigente e que a qualidade do efluente quanto à remoção de carga orgânica está satisfatória”.
O ambientalista da GPA Marcos Elias disse que as denúncias foram feitas e averiguadas na segunda-feira (6). Um dos pontos em que foi encontrada a espuma fica próximo à Estação de Tratamento de Esgoto da Saneago.
“Pescadores que trabalham na região aqui fizeram a denúncia depois que monitoraram por cerca de oito dias. Já houve também outras denúncias sobre esse acontecimento aqui. Com isso a gente foi descobrindo que tem que se tomar uma providência o mais rápido possível, porque isso não é em um ponto isolado”, detalhou em entrevista à TV Anhanguera.
Durante a vistoria feita pela ONG, os membros encontraram cal. Segundo o ambientalista Edson Queiroz, o material é nocivo à fauna e suspeita que esse material tenha sido a causa da morte de cágados encontrados já sem vida na região.
“Onde tem contato com esse tipo de cal, onde ele passa ele mata peixe que tiver. Pouca distância dele mata tudo. A tentativa de usar essa cal de maneira inadequada pode ser uma forma de camuflar que está tudo dentro das normas, mas tudo indica que está sendo feito de maneira inadequada”, afirmou.
G1 Tocantins.