Segundo delegado, ele confessou o crime, dizendo que assassinou a companheira após ver troca de mensagens e fotos dela com o ex; investigador disse que morte ocorreu na frente da criança.
Um homem de 33 anos foi preso suspeito de matar a mulher, Shirley Souza, de 38 anos, e abandonar um bebê de 1 ano, filho do casal, ao lado do corpo, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, Mário Sérgio Ferreira da Silva, confessou o crime, dizendo que assassinou a companheira após ver uma suposta troca de mensagens entre ela e um ex-namorado.
O delegado Maurício Passerini afirmou, em entrevista à TV Anhanguera, que, apesar de Mário Sérgio afirmar que, no momento do crime o filho dormia, a investigação concluiu que o bebê viu o pai matando a mãe.
“Ele confessou a autoria deste crime, disse que no dia do fato, por volta das 6h da manhã, eles acordaram e, enquanto a Shirley se arrumava, ele foi mexer no celular dela e descobriu troca de mensagens e fotografias com um ex-namorado dela, residente em Minas Gerais. Eles começaram a discutir. Na ocasião ele disse que enviaria estas mensagens e fotografias para os familiares delas, inclusive para a filha dela, continuaram a discutir e, neste momento, ele sacou um canivete que ele trazia no cinto e desferiu um golpe contra o pescoço dela, que foi fatal”.
“Ele alega que o filho estava dormindo, mas os policiais que chegaram ao local, conversando com vizinhos e familiares, tomaram conhecimento de que o filho presenciou este bárbaro crime”, disse o delegado.
Por telefone ao site, o advogado de Mário Sérgio, José Aécio Peixoto, disse, às 13h20 desta segunda-feira (12), que o caso corre em segredo de justiça, que defesa ainda está tomando conhecimento dos autos e, por conta disto, ainda não divulgaria um posicionamento em relação à prisão do cliente.
Mário Sérgio foi preso no domingo (11), na chácara de um parente, em Luziânia, exatamente um mês após Shirley ser encontrada morta dentro de casa, no dia 11 de outubro. Policiais chegaram até a residência onde o casal vivia com o filho, após uma ligação de Mário Sérgio. Segundo o delegado, o homem havia dito que a mulher teria se matado.
O investigador disse que desde o dia do crime Mário Sérgio era considerado o principal suspeito e foragido da Justiça. O homem disse à polícia que, após cometer o crime, foi trabalhar em uma fazenda da região. Conforme o delegado, o familiar de Mário Sérgio, dono da chácara onde ele estava escondido, também será investigado.
“Ele falou que logo após o crime telefonou para a polícia, disse que ela teria se suicidado, foi para a fazenda onde ele trabalhava, no Gama, no Distrito Federal, e de lá ele retornou para Luziânia e ficou em uma chácara de um parente. Segundo ele contou para a gente, ele sabia que ele tinha cometido o crime, que ele era o autor deste crime. E nós vamos apurar, porque este parente pode responder por favorecimento pessoal”, afirmou.
Mário Sérgio está preso e, segundo o delegado, vai responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, por utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e por tratar-se de femicídio, cuja a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão.
G1 Tocantins.