Mãe e padrasto estão presos preventivamente e foram indiciados por tortura, abandono intelectual e obstrução ao Conselho Tutelar. Caso foi registrado em Araguaína, norte do Tocantins.
Um casal foi indiciado por agressão e abandono intelectual contra a filha de apenas três anos em Araguaína, norte do Tocantins.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a mulher era mãe biológica e o homem padrasto da criança.
Os dois são suspeitos de constantemente agredir a menina e até bater a cabeça dela contra uma parede, entre outros tipos de tortura.
Conforme a Delegacia da Criança e Adolescente (DECA), a denúncia dos abusos foi feita pelo pai biológico da criança no início do mês.
O homem ficou sabendo das agressões por vizinhos e inicialmente procurou o Conselho Tutelar.
Os conselheiros chegaram a ir à casa da criança, mas a mãe disse que ela não estava. A mulher também tentou enganar a polícia, porém os agentes entraram na casa e encontraram a menina cheia de hematomas.
Ainda segundo o Conselho Tutelar, a criança está internada em um hospital da cidade, onde passa por exames.
Antes, ela foi levada ao IML e o médico legista constatou que a criança sofria agressões há muito tempo.
A menina tinha hematomas nas costas, pernas e principalmente na cabeça.
“É uma situação muito grave e ela está internada para fazer tomografia porque os hematomas eram principalmente na região da cabeça. A própria criança relata que o padrasto a derrubou no chão, bateu na parede. Ela tem marquinhas no joelho porque provavelmente ficava ajoelhada em cima de grãos”, disse a conselheira tutelar Renata Rego.
Ainda segundo a conselheira, a criança estava sem frequentar a creche há vários dias. Nas poucas vezes que foi ao local, funcionários também relataram ter visto hematomas na criança.
O casal está preso preventivamente e a investigação sobre o caso foi concluída nesta terça-feira (13).
Conforme a polícia, os dois foram indiciados por tortura, abandono intelectual e obstrução ao Conselho Tutelar.
Denúncias de abusos contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo telefone do Disque Direitos Humanos, o Disque 100. Assim como diretamente à Polícia Civil no 197.
G1 Tocantins/Foto ilustrativa