Pai da criança é o principal suspeito do crime; criança, de 4 meses, está internada em estado grave na UTI de hospital da capital.
A mãe do bebê de 4 meses, completados nesta quarta-feira (15), que está internado com a perna quebrada e a boca queimada registrou uma ocorrência na Polícia Civil contra o marido, pai da criança e suspeito do crime. A queixa é pelo crime de injúria, uma vez que ela alega ter sido xingada por ele. Diante da situação, a mulher, de 26 anos, foi levada para um abrigo de Goiânia.
O menino está internado no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Segundo boletim divulgado nesta tarde, o quadro dele é considerado grave e ele respira com ajuda de aparelhos. Ele está em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com a delegada Ana Elisa Gomes, titula da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), onde o ocorrência foi registrada, a mulher afirmou ter sido chamada de “vagabunda e peste”.
“Registramos pelo crime de injúria, mas ela não pediu medida protetiva contra o companheiro. Como ela não tem parentes em Goiânia, nós a encaminhamos para um abrigo”, disse ao G1.
A jovem estava acompanhada da conselheira tutelar Rosimeire Fernandes Gomes, monitora o caso. O casal vivia junto há apenas quatro meses, no Condomínio da Esmeraldas. Ela já estava grávida e o homem registrou o filho.
“Ela já tinha dito que ele era agressivo e nervoso com ela, que tinha medo dele. Por medo, ela resolveu pedir ajuda e a melhor solução foi abrigá-la”, afirma.
Lesões do bebê
As lesões provocadas no bebê são investigadas pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Conforme a delegada Tereza Daniela Nunes, a mãe e a conselheira tutelar já foram ouvidas. Novas testemunhas serão inquiridas. Já pai do bebê será o último a prestar depoimento.
O bebê foi internado a segunda-feira (13), desnutrida, com uma das pernas quebrada e com queimaduras na boca e laringe. A mulher afirmou que o marido já tinha “arranhado” o rosto do filho.
O caso chegou ao conhecimento da polícia depois que os próprios pais levaram a criança para ser atendida na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. Após avaliação, a equipe médica suspeitou que o bebê estava sofrendo maus-tratos, acionou a Guarda Civil Metropolitana, que levou o caso para o Conselho Tutelar e à Polícia Civil.
O bebê já havia ficado internado na UPA por 20 dias no mês de julho, com problemas respiratórios. Desta vez, além de constatar as queimaduras na boca e laringe, os médicos fizeram um exame de Raio X que mostra a fratura na perninha esquerda do bebê.
Após o início da investigação do caso, o bebê ficou sob responsabilidade do Conselho Tutelar até que a Justiça determine de quem é a guarda da criança.
G1 Tocantins.