Estudante Marcos Vitor Dantas é tido como foragido da Justiça, e Polícia Federal já emitiu alerta para localizá-lo.
Procurado por abusar sexualmente de quatro crianças, das quais duas são suas irmãs (de três e nove anos), o estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, de 22 anos, está foragido. A madrasta, que era casada com o pai de Marcos, foi quem levou o assunto à Justiça. Ela acusa a família do estudante de não entregá-lo à polícia.
A Polícia Civil do Piauí não localizou Marcos Vitor nos endereços que constam no inquérito, como a casa da mãe em Teresina. O estudante também não estaria mais em Manaus, onde foi cursar medicina há cerca de dois anos. O advogado dele, Eduardo Faustino, nega que Marcos esteja foragido. Afirma apenas que ele “abriu mão do direito ao interrogatório”, mas não dá informações sobre a localização do cliente.
O comportamento criminoso do estudante foi descoberto porque a sobrinha, hoje com 13 anos, revelou que foi molestada por ele entre os 5 e 10 anos. A primeira vez teria sido durante uma viagem da família ao Uruguai. Os abusos causaram nela depressão e episódios de automutilação. Quando sentiu que já estava no limite, contou o que havia acontecido para uma prima – que por sua vez denunciou para a madrasta de Marcos Vítor.
A família de classe média da Zona Leste de Teresina, no Piauí, deu início então a uma luta por justiça, o que depende da localização de Marcos Vitor. No dia 9 de setembro, a madrasta entrou em contato com a mãe biológica do estudante para pedir que ela retirasse os pertences dele da casa. Também apelou para que levasse Marcos à polícia, já que a mãe biológica também tem uma filha (de 4 anos), que está sujeita a ser vítima de abuso.
“Se ele fez com as minhas filhas, pode ter feito com a criança (irmã por parte de mãe). Eu temo que tenha acontecido”, diz a madrasta.”Ela (a mãe biológica de Marcos Vitor) primeiro perguntou se eu tinha certeza. Eu disse que sim, porque na minha família não temos o hábito de mentir”. A madrasta diz que a mãe de Marcos entrou em contato com ele e depois voltou a conversar com ela, como se estivesse tentando convencê-la a não fazer nada contra o investigado.
“Depois que falou com ele, ela me disse: “obrigada por todo esse tempo que você ficou com ele”, querendo me adular para eu não fazer muita coisa contra ele. Ficou parecendo que ela queria que eu dissesse alguma coisa nas mensagens. Perguntou se durante todo o tempo em que convivi com ele percebi alguma coisa estranha e por que eu tinha procurado por ela depois de tantos anos. Eu disse que estava contando porque sabia que ela tinha uma filha e eu não desejava o que eu estava passando a ninguém. Então eu falei: pensa o que quiser, negligencia se quiser, mas está dado o recado”, conta a madrasta (que se identifica como P.L.)
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