“As cargas que vêm de Anápolis passam quase que sua totalidade no trecho até Aliança. Por que então tanto tempo para duplicação no Tocantins? Ou a tarifa foi calculada para viabilidade de parte da duplicação?”, indagou.
A senadora Kátia Abreu (PDT) entrou em contato com a Coluna do CT para questionar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que condenou a primeira tentativa de concessão para a estruturação da BR-153, no trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins, que deu errado. Ele afirmou que o atual governo vai entregar “um contrato que funciona”. “Lembram o que aconteceu da outra vez porque a duplicação toda tinha que acontecer em cinco anos? Quantos quilômetros duplicados vocês receberam? Nenhum”, disse em audiência pública realizada sexta-feira, 1º, em Porangatu (GO).
Lava Jato
Entretanto, Kátia afirma que as razões para que o último contrato desse errado foram outra. “Existe um equívoco nos argumentos do ministro. A outra concessão não deu certo porque a empresa foi incluída na Lava Jato e, portanto, impedida de tomar o financiamento para fazer a obra no BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Do contrário teria feito, pois até o canteiro chegou a ser instalado”, lembrou a senadora. “O governo teve que dar caducidade na concessão pra fazer outra.”
Tarifa viável para parte da duplicação
A senadora questionou, assim, o prazo de 20 anos para que a duplicação chegue até Aliança do Tocantins, conforme programação da própria a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Cleber Toledo.