Diante do agravamento da crise política e da maior expectativa em relação a um impeachment da presidente Dilma Rousseff, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, estaria dividida entre deixar o cargo ou se desfiliar do PMDB, que deve desembarcar do governo no final deste mês, segundo informações do jornal Valor Econômico.
Mesmo sendo muito próxima de Dilma, a ministra estaria sendo pressionada por entidades do agronegócios e correligionários, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, que defendem o impedimento da petista.
Na semana passada, instituições como Abag (Aprojosa, Associação Brasileira do Agronegócio) e a bancada ruralista do Congresso criticaram abertamente as dificuldades do governo de achar soluções para as crises política e econômica e defenderam o impeachment de Dilma.
Outro ponto que pode pesar na decisão de Kátia é a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o comando da Casa Civil, pois isso desarrumaria a rotina que a ministra tem com Dilma e colocaria em risco vitórias políticas importantes alcançadas pela pemedebista.
Se sair do ministério, Kátia, que tem pretensões de pleitear o governo de Tocantins ou até mesmo a Presidência da República no futuro, voltaria ao Senado e retomaria o comando da CNA.
De acordo com a publicação, se quiser permanecer no cargo, a ministra pode migrar para o PSD, partido da base aliada, de onde saiu em 2013 para entrar no PMDB. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que é presidente do PSD, já teria feito o convite para Kátia se reincorporar à legenda e permanecer no governo, caso tenha que deixar o PMDB. (Fonte: Terra)
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