Luis Felipe Manvailer passa a responder ao processo como réu. Mulher foi encontrada morta depois de cair do 4º andar do prédio em que eles moravam, em Guarapuava, no Paraná.
A Justiça aceitou denúncia contra Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a mulher, Tatiane Spitzner, pelos crimes de homicídio com quatro qualificadoras (meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio), cárcere privado e fraude processual.
Com isso, ele passa a responder ao processo como réu. A decisão foi proferida pela juíza Paola Gonçalves Mancini da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, nesta quarta-feira (8).
- O que se sabe do caso de Tatiane Spitzner
Os advogados de Manvailer têm dez dias para apresentar a defesa preliminar e arrolar testemunhas, conforme determinação da juíza. A denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) foi apresentada nesta terça-feira (7).
Tatiane era advogada. Ela foi encontrada morta depois de cair do 4º andar do prédio em que eles moravam, em Guarapuava, na região central do Paraná, em 22 de julho.
Para o MP-PR, Luís Felipe, que foi flagrado pelas câmeras de segurança agredindo a mulher minutos antes da queda, é o responsável pela morte dela.
Em nota, os advogados de Manvailer disseram que permanecem no “aguardo do resultado de exames periciais no corpo da vítima, no apartamento do casal, nas câmeras de segurança, nos smartphones, computadores e HDs apreendidos e na realização de reprodução simulada dos fatos com a participação do acusado”.
A defesa disse ainda que nesse momento é importante reafirmar que qualquer posicionamento sobre o caso pode se tratar de “hipóteses especulativas, baseadas em fragmentos, que destoam de comprovação técnica científica”.
A perícia feita no local da morte constatou que ela teve uma fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura.
Defesa pede transferência para ‘atendimento psiquiátrico urgente’
A defesa de Luís Felipe Manvailer pediu que ele seja transferido da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), depois da tentativa de “tirar a própria vida”, para o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região de Curitiba.
O CMP é um estabelecimento penal de regime fechado, destinado a presos do sexo masculino e feminino, em cumprimeto de medida de segurança e/ou que necessitam de tratamento psiquiátrico e ambulatorial.
No despacho em que aceitou a denúncia, a juíza Paola Mancini disse que “já adotou as providências necessárias para análise de eventual remoção”.
Sobre a “tentativa de suicídio”, a Penitenciária Industrial de Guarapuava informou que ele apresentou hematomas no pescoço e que “aparentemente havia se cortado”.
Conforme a Divisão de Segurança e Disciplina da penitenciária, o preso recebeu atendimento médico e está bem fisicamente, mas abalado emocionalmente.
Segundo a penitenciária, o professor confessou que havia se cortado para “acabar com o sofrimento”.
A PIG também disse que o marido desistiu do suicídio depois de se lembrar da mãe. Ainda conforme a penitenciária, Luís Felipe está em uma cela especial por ser um preso provisório e ter ensino superior completo.
G1 Tocantins.