Inglide Rose Tavares de Moura, 26, diz que deu facada em Nayara Xavier, de 17, e tapou a boca dela para que ela não gritasse. Segundo polícia, autora era ex-mulher do namorado da vítima.
A jovem de 26 anos presa suspeita de matar Nayara Xavier, de 17 anos, confessou o crime à polícia e deu detalhes sobre como amordaçou a vítima, em Goiatuba, na região sul de Goiás. No vídeo gravado pela Polícia Civil, Inglide Rose Tavares de Moura diz que deu uma facada na adolescente e tapou a boca dela para que ela não gritasse (assista acima). Conforme a corporação, Inglide é ex do namorado de Nayara.
“Ela [Nayara] veio e falou ‘vai embora’ e me empurrou. Aí eu peguei e fiz assim com a faca e a cortou. Ela viu que eu estava com a faca. Aí cortou. Aí ela ia gritar, uma pessoa pegou e bateu palma. Eu não sei quem foi, não sei se era na casa lá”.
“Aí eu peguei e empurrei ela para a cama, ‘coisei’ a mão dela e tampei a boca dela”, diz a suspeita.
O G1 não conseguiu localizar a defesa de Inglide.
Nayara foi achada sem vida na noite de segunda-feira (13) na casa onde morava com o namorado e local onde o crime ocorreu, em Goiatuba. Ela estava amordaçada e com as mãos amarradas. Segundo a corporação, a suspeita é que Inglide, presa na terça-feira (14), em Aloândia, tenha cometido o assassinato por ciúmes.
“Após uma discussão, Inglide, fazendo uso de uma faca, golpeou o pescoço e amarrou as mãos da vítima para trás com uso de fita adesiva, usou a mesma fita para tampar a boca da vítima e ainda colocou um saco plástico na cabeça [da adolescente]”, explicou o delegado Parick Carniel, que investiga o caso.
Segundo ele, a vítima estava morando na casa do namorado e foi encontrada por ele, já sem vida, por volta de 23h no mesmo dia. Após o crime, a Polícia Civil foi acionada e, no decorrer das investigações, chegou até Inglid.
Mudança de versão
“Em seu primeiro interrogatório, que ocorreu na manhã de hoje, [a presa] negou ter ido até a residência ou qualquer participação no crime. Após policiais civis realizaram várias diligências, e apresentarem os resultados à investigada, comprovando que a versão dela não teria sustentação em razão das contradições, Inglide confessou o crime e deu detalhes de como aconteceu”, completou Patrik.
Também conforme o delegado, a mulher teve a prisão temporária – de 30 dias – decretada pela Justiça e está detida. Nesse período, a Polícia Civil deve concluir as investigações, mas o Patrik adiantou que ela deve ser indiciada pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima. Se for condenada, pode ficar presa por até 30 anos.