Ao comentar em seu perfil no Facebook a saída do vice-governador José Eliton (PSDB) do comando da Secretaria de Segurança Pública, a jornalista Fabiana Pulcineli, de O Popular, analisou o fiasco retumbante no qual transformou-se a passagem do vice-governador pela pasta.
Segundo ela, há tempos os governistas defendiam a saída, afinal lidar com os conflitos internos da Secretaria não era missão para “amadores”. Pulcineli acrescentou que a SSP não é uma pasta que se leva com “marketing e discurso” e concluiu que o “fracasso” de José Eliton em nada ajuda sua candidatura ao governo.
Leia a análise de Fabiana Pulcineli na íntegra:
Uma turma de governistas já defendia desde julho a saída de José Eliton da Secretaria de Segurança Pública. Julgavam que, quanto mais passava o tempo, mais ele acumularia desgastes e ficaria em dificuldades para se fortalecer politicamente para 2018. Eliton defendia aguardar o lançamento dos concursos públicos do setor e balanço de índices de criminalidade do ano, em que se esperava resultado mais positivo do que se tem.
O atentado em Itumbiara, em que Eliton foi ferido, fez suspender temporariamente as conversas nesse sentido. Não dava para sair após o episódio. Mas era cada vez mais certo dentro do governo que o vice-governador na SSP foi um tiro no pé. Não é uma pasta que se leva com marketing e discurso. As melhorias, quando se atua por elas, não chegam em curto prazo. Lidar com os conflitos internos na área não é para amadores. Enfim, uma secretaria complexa demais.
Para quem nunca foi testado diretamente nas urnas (apenas como vice por dois mandatos), não tem experiência de gestão e enfrenta um grande desafio de unir a base governista (cada vez mais dispersa), o fracasso à frente da SSP não facilita nada, nada, o caminho para a sucessão estadual.(fonte:goiás real)