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ISAC decide entregar gestão de quase 100 leitos de UTI Covid por causa de atrasos nos repasses

Quatro hospitais do Estado somam quase 100 leitos de UTI Covid.

Na semana em que dois municípios do Tocantins decretaram lockdown em razão do agravamento da pandemia do novo coronavírus, com aumento de novos casos e óbitos, o ISAC (Instituto Saúde e Cidadania) oficiou o secretário de Estado da Saúde, Edgar Tollini, para informar que não tem mais interesse na renovação dos contratos de gestão dos leitos de UTI Covid nos principais hospitais do Tocantins.

Para frear a nova onda de covid-19, Araguaína decretou lockdown de cinco dias, de 3 a 7 de junho. Já em Pium, o prefeito Dr. Valdemir Barros (PSDB), que é medico, determinou o fechamento total da cidade por 10 dias (até 9 de junho).

O site obteve acesso com exclusividade ao ofício encaminhado na manhã desta terça-feira (1º de junho) pela presidente do instituto, Evane de Lourdes Ferreira Simonassi, ao secretário da Saúde.

O ISAC foi contratado emergencialmente pelo Governo do Tocantins para gerenciar o Hospital Estadual de Combate à Covid-19 (HECC – com 10 leitos), em Palmas, e também as UTIs Covid no Hospital Geral de Palmas (30 leitos), no Hospital Regional de Gurupi (36) e no Hospital Regional de Araguaína (17), que juntos correspondem a quase 70% dos leitos públicos de UTI Covid no estado.

O ofício cita os riscos de permanência da parceria com o Governo em razão da insegurança jurídica ocasionada pelas recorrentes prorrogações contratuais, a fim de evitar futuros questionamentos pelos órgãos de fiscalização e até operações policiais.

Além disso, o ofício aponta os recorrentes atrasos nos repasses por parte do Governo do Estado ao ISAC, o tem gerado também atraso no pagamento de fornecedores e colaboradores e, consequente, superexposição negativa da imagem do instituto diante de tais fatos.

“O ISAC vem por meio deste informar que não tem interesse em prorrogar mais uma vez a vigência dos Contratos de Gestão Emergenciais nº 87/2020 (HECC), com data final em 7 de agosto de 2021, e nº 93/2020 (UTIs Covid), com data final em 14 de agosto de 2021, ficando dessa forma denunciados os referidos contratos, a partir da presente data”, afirma o documento.

O site apurou ainda que o ISAC estaria insatisfeito com a ingerência administrativa na gestão do instituto, principalmente por parte de alguns diretores hospitalares. Além disso, os custos de materiais, insumos e medicamentos aumentaram excessivamente neste período pandêmico, gerando desabastecimento em vários momentos.

A reportagem solicitou nota ao ISAC e à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e aguarda os devidos esclarecimentos.

AF Notícias.

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