Em entrevista em Mossoró, no Rio Grande do Norte, Haddad falou que projeto do partido para a Presidência da República inclui alcançar 12 milhões de universitários no país.
O candidato a vice na chapa do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (24) em Mossoró, no Rio Grande do Norte, que pretende revogar o teto de gastos.
Em agenda de campanha, ele participou de entrevista coletiva ao lado da senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Haddad também participou de carreata, a partir do mercado central, para inauguração de comitê do partido na cidade.
“Pretendemos revogar o teto de gastos. Ele inviabiliza a gestão pública ao manter gastos congelados por 20 anos”, disse Haddad. “O Estado não precisa crescer desmedidamente, mas precisa cumprir o que está na Constituição. Saúde e educação são direitos; segurança pública é direto social. Não podemos deixar”, completou.
O teto de gastos foi aprovado pelo governo Michel Temer (MDB), em 2016. A medida prevê que os gastos da União, durante período de 20 anos, só poderão aumentar de acordo com a inflação do ano anterior. O objetivo alegado pelo governo é reequilibrar as contas públicas e impulsionar o crescimento econômico.
Haddad já havia criticado o teto de gastos nesta quinta-feira (24) em ato sobre educação em João Pessoa (PB).
Educação
Na chegada ao evento, Haddad disse que a proposta do PT é retomar o desenvolvimento e defendeu mais oportunidades na educação. “Vamos retomar o país, o desenvolvimento, a educação, a geração de emprego. O país está cansado deste governo”, disse.
“Vamos multiplicar oportunidades na educação. Já temos oito milhões de universitários no Brasil. Tem que crescer mais – chegar a 10, 11, 12 milhões. Aí sim, vamos educar uma geração inteira, para que ela possa educar a próxima”, completou.
Lula
Fernando Haddad, candidato a vice-presidente na chapa do PT, representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha. Lula está preso desde abril em Curitiba e teve a candidatura questionada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Pelos critérios da lei da Ficha Limpa ele é considerado inelegível, por ter sido condenado em segunda instância. Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).
Desde o início das investigações, o ex-presidente nega ser o dono do imóvel e afirma ser inocente. A defesa de Lula também reafirma desde o começo do processo que o petista não cometeu crimes antes, durante ou depois do mandato.
G1 Tocantins.