Proposta foi apresentada pelo governo durante audiência pública
Categoria diz que negociações ainda estão no começo
A greve geral dos servidores públicos do Estado completa 38 dias nesta quinta-feira (15) e não há uma previsão de quando os serviços serão normalizados. Durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa o Governo fez uma proposta aos grevistas, alegou queda de recursos e prometeu cortar gastos públicos. Segundo os servidores, uma reunião realizada durante a tarde desta quarta-feira (14) serviu para iniciar a negociação e uma nova reunião está marcada para a próxima semana.
Os servidores da saúde, educação e quadro geral entraram em greve no início de agosto e diversos protestos já foram realizados em todo o estado. No quadro geral, cerca de 95% dos 12 mil servidores aderiram à paralisação. Em Palmas, o número é de 80%, segundo o sindicato da categoria. Eles cobram o pagamento dos retroativos da data-base de 2015 e a implantação do índice de 9,8307% referente data-base 2016.
As escolas estaduais estão com as aulas prejudicadas desde o dia 10 de agosto. Cerca de 180 mil são afetados em todo o Tocantins. Na capital são mais de 38 mil alunos. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), 90% dos efetivos aderiram à paralisação em Palmas e 70% no interior.
Eles cobram o pagamento dos retroativos das progressões 2013 e 2014, e das progressões 2015 e 2016. Além de revisão no Planos de Cargos, Carreiras e Remuneração.
Proposta
De acordo com o governo, a primeira condição da proposta consiste na desoneração de 20% da folha de contratos, comissionados e indenizações em 20%, gerando uma economia de R$ 7 milhões. A data-base de 2015 seria paga em 12 parcelas a partir de janeiro de 2017. A correção da data-base de 2016 seria feita a partir de janeiro, em 2%, até maio.
“A reunião de ontem foi para iniciar a negociação para ser construída uma proposta. Uma nova rodada de negociações como comitê gestor está marcada para segunda-feira (19)”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado do Tocantins (Sintras) também aguarda a nova reunião para continuar as negociações. “Não vamos nem discutir com a categoria essa proposta. Está totalmente fora do propósito do movimento, não atende em nada. Queremos o pagamento imediata da data-base de 2016 e o restante podemos discutir e parcelar”, afirmou o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda. O Sintet foi procurado, mas não atendeu as ligações.
Fonte:g1/to