Movimento foi suspenso depois de uma decisão liminar da Justiça determinando a volta ao trabalho. Nove escolas ficaram sem aula e aproximadamente 1,3 mil alunos foram impactados
Os professores da rede municipal de Peixe, no sul do estado do Tocantins, decidiram encerrar a greve após quase 40 dias parados.
O movimento foi suspenso nesta segunda-feira (3) depois de uma decisão liminar da Justiça determinando a volta ao trabalho. As aulas devem ser retomadas nesta terça-feira (4).
Eram aproximadamente 150 profissionais da educação, paralisados na cidade desde o dia 8 de fevereiro. Os professores cobravam o reajuste do piso do magistério, além do pagamento de progressões de anos anteriores.
Nove escolas ficaram sem aula e aproximadamente 1,3 mil alunos foram impactados. Na semana passada o município decidiu cortar o ponto dos grevistas e muitos professores receberam o contracheque zerado.
O sindicato dos trabalhadores da educação informou que está contestando os efeitos da liminar na esfera judicial. Sobre a reposição dos mais de 30 dias letivos que foram perdidos, a categoria vai aguardar um calendário da secretaria municipal de educação.
Corte do ponto
Segundo o sindicato, desde 2020 os professores não recebem reajuste na cidade. Na semana passada cerca de 80 professores foram surpreendidos ao receberem os contracheques zerados. Mesmo assim fizeram uma assembleia e decidiram manter a paralisação.
“Não fomos informados sobre corte de pontos é uma decisão no mínimo covarde com a categoria”, disse a presidente do Sintet Regional de Gurupi, Gabriela Zanina, na semana passada.
Na ocasião, a Prefeitura de Peixe afirmou em nota que “entendeu por proceder conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal, tema 531, que afirma ter a administração pública o dever de proceder com o corte de ponto dos Servidores Públicos que mantém greve declarada ilegal, como é o caso da greve de Peixe”.
A prefeitura de Peixe também foi uma das beneficiadas com uma decisão da Justiça Federal que suspendeu o reajuste do piso salarial nacional de professores. A decisão atendeu uma ação coletiva movida pela Associação Tocantinense dos Municípios (ATM) contra a União.
O argumento é que o reajuste causará problemas no orçamento dos municípios.
g1 Tocantins.