Secretário de Infraestrutura disse que governo estuda ação da Justiça contra o empreendimento. Estudo para saber se é possível recuperar a ponte ou se será necessário construir uma nova ainda não ficou pronto.
Parte dos danos na ponte sobre o rio Tocantins, em Porto Nacional, podem ser reflexos da construção da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, em Lajeado.
A informação é do Secretário de Infraestrutura do estado, Renato de Assunção. Ele afirma que após a inundação causada pela barragem da usina em 2001, os pilares ficaram submersos e que a estrutura não foi projetada para isso.
A ponte foi construída no fim dos anos 70 e interditada na última quinta-feira (7) para a realização de estudos sobre o risco de desabamento. De acordo com o secretário, o governo não descarta entrar com ação na Justiça contra a Investco, empresa que administra a usina, pedindo indenização.
O entendimento do Palácio Araguaia é de que o consórcio é co-responsável pelos danos. Quando a ponte foi construída as inundações eram sazonais, apenas no período de chuvas. Com o alagamento definitivo da região a vida útil da ponte teria ficado menos e os pilares centrais teriam sofrido distorções.
A Investco informou que desconhece os fatos em que se baseia a informação do secretário e que aguarda maiores detalhes para se pronunciar.
A informação foi divulgada em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (11). O governo informou ainda que um barco da Defesa Civil fará a travessia até que a balsa que vai fazer o trajeto esteja pronta para operar.
O laudo complete sobre a situação da estrutura ainda não está pronto. A equipe tenta avaliar se será possível recuperar a ponte que já existe ou se ela terá que ser substituída.
A interdição
A ponte sobre o rio Tocantins, em Porto Nacional, foi completamente interditada para veículos a partir das 18h da última quinta-feira (7). O Governo disse que decisão foi tomada por precaução até que os serviços topográficos sejam finalizados. Não há previsão de quando a via será liberada.
A Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) disse que acredita que esta é a atitude mais sensata a ser tomada no momento. Os únicos veículos que estão tendo a passagem liberada são os de emergência.