A doença é infectocontagiosa, não tem cura nem existe vacina.
O Governo do Tocantins suspendeu eventos equestres e aglomerações de equídeos (asininos, equinos e muares) nos municípios de Filadélfia, Nova Olinda e Taguatinga, além de estabelecer medidas restritivas em mais 11 municípios que fazem limites por haver caso de mormo, doença infectocontagiosa que acomete a espécie e que pode ser transmitida ao homem.
A Portaria nº 078, foi publicada no Diário Oficial dessa quarta-feira (31) com o intuito de proteger a sanidade do plantel equídeo contra a doença e a saúde pública.
Os municípios limítrofes que tiveram a suspensão da ocorrência de cavalgadas, tropeadas e quaisquer eventos que promovam a aglomeração de equídeos sem autorização da instituição são: Araguaína, Pau D’Arco, Bandeirante, Colinas do Tocantins, Babaçulândia, Barra do Ouro, Goiatins, Palmeiras, Ponte Alta do Bom Jesus, Arraias e Aurora do Tocantins.
As normas são necessárias para que as equipes da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) realizem as medidas sanitárias para contenção dos casos positivos e investigação nas áreas que fazem divisas.
“Somente após a conclusão do saneamento nas propriedades rurais envolvidas no processo, os locais serão liberados. O trabalho consiste na realização de exames consecutivos, num intervalo em média de 30 dias, em toda tropa dessas propriedades, para levantamento diagnóstico e a execução de outros procedimentos”, declara a responsável pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da Adapec, Isadora Mello Cardoso.
Entre outras ações que são realizadas para conter a enfermidade estão a investigação epidemiológica, incluindo avaliação da movimentação dos equídeos do estabelecimento pelo menos nos últimos 180 dias anteriores à confirmação do caso, com vistas a identificar possíveis vínculos epidemiológicos; realização de eutanásia no animal positivo comprovadamente por dois exames, bem como a notificação de ocorrência de mormo às autoridades locais de saúde pública, por se tratar de zoonose.
Embora com atendimento reduzido devido o avanço da pandemia, a agência continua realizando as atividades e está à disposição nas suas unidades em todo o Estado, além disso, disponibiliza o 0800 063 11 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 14h, para que os interessados tirem suas dúvidas e também denunciem o trânsito clandestino de animais, um dos principais fatores que contribui para disseminação da doença.
Mormo
O Mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria que acomete principalmente os equídeos, não tem cura nem existe vacina. Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática) na qual os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.
Para prevenir a doença, o produtor rural ao adquirir o animal deve exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA) acompanhada de exames negativos da doença; participar apenas de aglomerações de equídeos fiscalizadas pela Adapec; evitar que o animal compartilhe bebedouros e comedouros, e em casos de suspeita da doença isolar o animal imediatamente e comunicar a agência para que ela proceda os exames clínicos e laboratoriais.
AF Notícias.